«Taça da Liga não pode ser olhada como uma janela de oportunidade»
Conferência de imprensa do treinador do SC Braga, Artur Jorge, antes do encontro contra o Casa Pia
Inicia amanhã uma nova competição que ambições tem na Taça da Liga e como analisa o Casa Pia?
Ambição natural de uma equipa que tem legítimas aspirações para estar na fase das decisões que passa pela presença na ‘Final 4’. Vamos enfrentar uma equipa que já tem três pontos e também moralizado pelo empate na Luz e que tem demonstrado qualidade. Perspetivo um jogo difícil. A abordagem ao jogo tem de ser bastante positiva para podermos somar os três primeiros neste grupo.
Vem de dois resultados menos positivos. Este é o jogo ideal para inverter a situação?
O mote para isso e para aquilo que é a minha abordagem dos desafios e a minha leitura dos momentos. Sou mais positivo do que estar a olhar para trás. Olho para o que tenho pela frente. É nessa perspetiva que olho para o jogo do Casa Pia. Só vejo o imediato. Não podemos ficar presos ao passado mais longínquo ou mais recente. Apenas procurar o melhor no próximo jogo e continuar a trabalhar para as vitórias.
A equipa vai passando por algumas oscilações de resultados. Ainda não encontrou a consistência que pretende?
O contexto da primeira parte do Gil Vicente é diferente de todos os outros, pelas condições do campo e porque a equipa não se conseguiu adaptar para aquilo que o jogo pedia. A equipa não tem fugido daquilo que eu procuro. Não olho como falta de consistência, é verdade que temos uns resultados mais positivos e outros não. Mas, estão balanceados com a temporada passada. Temos de fazer sempre mais e melhor, e tenho de procurar que a minha equipa me acompanhe nesse objetivo. Temos demonstrado isso em todos os jogos, com sucesso na grande maioria, mas também não jogamos sozinhos e também há que reconhecer mérito às outras equipas. Temos de ter empenho para estarmos cada vez mais empenhados na procura pela vitória.
Na Taça de Portugal, André Horta fez uma boa exibição. Pode ter nova oportunidade agora na Taça da Liga?
Não é fácil. A verdade é que o André Horta é mais um bom exemplo daquilo que é a qualidade individual do jogador, que é mérito dele, e da sua capacidade de trabalho e de sabermos que há momentos em que é importante transmitir confiança aos jogadores e que têm de estar todos preparados. É mais um exemplo de um jogador que não tendo o tempo de jogo que ele gostaria, quando chamado deu a resposta que queríamos.
De encontro às oportunidades para jogadores menos utilizados. Esta competição pode ser o palco para lançar outros jogadores? E o que espera do Casa Pia?
A competição não pode ser olhada como uma janela de oportunidade para o que quer que seja. É uma competição que nos diz muito, já ganhámos por duas vezes. É importante ganhar amanhã para igualarmos a pontuação do Casa Pia. Os jogadores têm trabalhado bem e temos de transmitir confiança, pois tenho a experiência de ter estado do outro lado e esses jogadores que não jogam tanto, não podem ser desvalorizados. O trabalho fará com que as oportunidades surjam mais cedo ou mais tarde. É a linha orientadora que temos no balneário. O Casa Pia é uma equipa que tem jogado de forma muito idêntica ao que fez na época passada, venceu cá, mas também ganhamos lá duas vezes. Conhecemos bem, estamos identificados com a sua forma de jogar e temos de estar preparados para levar a vitória.
Os adeptos têm anunciado um boicote ao jogo de amanhã, devido à possibilidade de a competição ser jogada no estrangeiro. Como vê esse momento?
Tenho de me reduzir ao meu papel. Percebo as ideias e as mensagens dos adeptos. A minha função é limitar-me ao que me diz respeito que é preparar a equipa da melhor maneira para ganhar o jogo amanhã [hoje].