Central reagiu como ‘gente grande’ e até voltou aos golos, passando a ser o terceiro melhor marcador da equipa na presente temporada. Pilar no eixo e também no pódio de minutos somados
Sikou Niakaté está perdoado. O defesa-central maliano havia sido expulso no recente duelo com o Bodo/Glimt (2-3), para a Liga Europa, mas manteve a confiança de Carlos Carvalhal nas competições internas e foi titular nos dois encontros seguintes, diante de Farense (2-0), para a Liga, e Vitória de Guimarães (2-1), para a Taça da Liga.
SC Braga viu o empate fugir no último suspiro, num jogo marcado pela expulsão do central, que foi de herói a vilão em apenas três minutos, e pelo pragmatismo norueguês
O internacional maliano teve noção de que o erro cometido na partida frente aos noruegueses acabou por custar caro à equipa, mas demonstrou uma personalidade digna dos grandes jogadores e respondeu afirmativamente à crença que o técnico nele depositou, ao continuar a destinar-lhe um lugar no onze. O esquerdino deu o seu contributo para que a baliza de Matheus não passasse por qualquer sobressalto na receção aos algarvios, na última jornada do campeonato, voltando a dar uma imagem do seu real valor no encontro de, com o eterno rival do Minho.
Minhotos reencontram-se com a vitória e superam os algarvios. Num jogo dominado pela equipa da casa, Gharbi e El Ouazzani foram os autores dos golos que garantiram os três pontos e a confiança para a equipa de Carvalhal
Arsenalistas beneficiaram de erro de cálculo de Charles para selarem o triunfo… na repetição de um penálti. Expulsão de Borevkovic foi soco para os conquistadores. Dérbi intenso
Nesse embate com os vimaranenses, além de marcar a sua presença no eixo da retaguarda de forma firme, Niakaté também teve a astúcia necessária para ir ao ataque e dar uma ajuda aos seus companheiros, apontado o tento que, na altura, devolveu a igualdade ao marcador – Nuno Santos havia aberto o ativo para os conquistadores, Bruma daria, depois, o triunfo aos arsenalistas, naquele que foi o carimbo no passaporte para a final four da mais jovem competição nacional, prova que, de resto, os bracarenses conquistaram na época passada, pelo que vão poder defender o título, novamente em Leiria.
E os registos de Niakaté dão-lhe, de facto, o rótulo de indiscutível. O camisola 4 é o terceiro jogador do plantel com mais minutos somados (1327), tendo sido titular em todos os 15 jogos oficiais em que participou esta época – apenas Ricardo Horta (1654) e Matheus (1620) o superam neste particular. Além disso, o tento apontando pelo africano, de 25 anos, ao Vitória de Guimarães também lhe permitiu a subida ao pódio dos melhores marcadores da temporada arsenalista. Niakaté chegou aos três golos (tantos quantos tem Ricardo Horta) e apenas tem à sua frente Bruma (5) e Rodrigo Zalazar (6).