Sporting - Real Sociedad: A crónica e o positivo e negativo

Sporting Sporting - Real Sociedad: A crónica e o positivo e negativo

NACIONAL26.07.202301:23

NO LABORATÓRIO DE AMORIM ESTÁ A NASCER UM NOVO LEÃO!


Como a entrada de Gyokeres fez mudar toda uma equipa e até o… treinador. Novo sistema, ideias e estratégias em ferir os adversários. E todos marcam: defesas, médios e avançados


É oficial: no laboratório de Amorim está a nascer um novo leão. Diferente. E se na maioria das vezes não necessitamos de um caminho novo, mas de uma nova forma de caminhar, em Alvalade esta ideia dá sinais de consistência. Sobretudo porque o exame desta terça-feira mostrou soluções alternativas a um sistema do qual o técnico leonino nunca havia abdicado. Do 3x4x3, mais que rotinado, ao 4x4x2 que dá passos firmes. Não só porque existe um elemento novo - que não é um qualquer, falamos (apenas) do reforço mais caro da história dos leões - mas também, seguindo o velho ditado ‘a necessidade aguça o engenho’, à falta de um número 6 há duas soluções (em simultâneo) que prometem.


Primeira nota: Gyokeres não foi a única novidade do onze. Neste renovado leão quase tudo é novo. As dinâmicas, movimentações, posições e estratégias em ferir ao adversário. E se o velho Adán parece estar como aço, a linha de quatro defensiva (que muitas vezes se transforma em cinco com a descida de Nuno Santos) deu excelentes indicadores. Com Matheus Reis e Ricardo Esgaio muito confortáveis nas laterais, bem identificados em fechar espaços, sem perderem a profundidade ofensiva. Mas com maior critério nas subidas como provou o (excelente) rendimento de Esgaio. Com assistência e golo! Já Matheus Reis, com Takefusa Kubo pela frente (maior figura dos espanhóis), foi obrigado a ser cauteloso. Balanço? Bloco sólido, nunca derrubado e margem de evolução.


Segue-se o quarteto do miolo. Com dois ‘6’: Morita e Pedro Gonçalves. O japonês de contenção, fixado em zonas centrais e Pedro Gonçalves, com mais bola, na procura de espaços entre linhas a espreitar a chegada à área (sim... ele também marca a médio e voltou a provar que tem golo onde quer que seja...). Nas asas, dois extremos abertos. Edwards, técnico e a procurar espaços interiores e Nuno Santos (voltou à raízes...) com menor preocupação nas marcações e incisivo a voar na ala ofensiva. Com rendimento, pois assistiu para o golo de Pedro Gonçalves.


No ataque, a dupla que promete. De milhões. Com Gyokeres e Paulinho. A aliar a força, garra e eficácia do sueco à inteligência, entrega e boa movimentação do português. O primeiro já marcou, colocou em êxtase os adeptos (e ainda é notório que não está no ponto...) e o segundo, solto, também esteve em evidência. Tudo positivo portanto. Ou quase tudo não fosse a expulsão do menino Leonardo Barroso, segundos após a entrada... que estragou uma festa que parecia perfeita.
E se a equipa mudou, o treinador também. Se antes idealizava sistema com um avançado, agora tem dois. Se não abdicava do seu 3x4x3, também já mudou de ideias. Se achava que Pedro Gonçalves seria um melhor avançado, isso também pode mudar. O tempo dirá se para melhor...       


 

O POSITIVO

As dinâmicas apresentadas num novo sistema e o entendimento de algumas duplas, como Morita e Pedro Gonçalves e Paulinho e Gyokeres. E um Ricardo Esgaio a prometer muita luta...

O NEGATIVO

A estreia de Leonardo Barroso, um menino que acabou por ter a estreia mais indesejada: uns segundos e uma expulsão a provar a inexperiência de um jogador com apenas 18 aninhos...