Sporting: eis o verdadeiro problema de Gyokeres

NACIONAL25.01.202508:25

Avançado sueco não está lesionado, mas apresenta níveis de fadiga muscular na coxa direita que obrigam a uma gestão criteriosa de tempo de utilização em jogo. Sobrecarga de jogos nesta fase pode agravar o problema para o futuro. Manter-se em competição aproveitando para recuperar e ter algum descanso é o objetivo dos leões neste período

Rui Borges tem sido muito cauteloso quanto ao tema. Depois de dois jogos (em Vila do Conde com o Rio Ave e na Alemanha diante do Leipzig) em que o goleador sueco teve uma rara condição de suplente utilizado… soaram os alarmes. Terá o máximo goleador do planeta em 2024 uma lesão preocupante?

A resposta é negativa. Até porque, convém lembrar, caso o problema fosse de maior gravidade o avançado nem sequer entraria na lista de convocados e nunca seria utilizado (com minutos) nos últimos dois jogos. Rui Borges, de resto, na conferência de lançamento do jogo deste sábado com o Nacional, fez questão de afastar qualquer tipo de problema relacionado com o joelho. Ele que, recorde-se, foi operado em maio do ano passado, no final da temporada, ao joelho esquerdo (na zona do menisco) em consequência das dores que o avançado sentia naquela zona há vários meses. O tempo de recuperação foi de cinco semanas e Gyokeres ainda regressou a tempo do arranque da época.

Este ‘problema’ revelado pelo próprio técnico em nada está ligado com essa lesão anterior. Garantia de Rui Borges.

«Não vou estar a especificar. Não me compete a mim, nem era correto da minha parte. O máximo que posso dizer é que ele tem um pequeno problema, não é no joelho, isso posso dizer que não é, e precisa de gestão. E para ser honesto o máximo possível, se calhar em 95 por cento dos jogadores com o problema que ele tem estavam parados. A vontade dele em jogar é tanta... Entre todos os departamentos tentamos o melhor, não pôr em causa o atleta, não sou nenhum louco, é um jogador muito importante para o Sporting. Agora, não o queremos perder por muito tempo, preferimos geri-lo para algum tempo e não o perder em momento algum, precisa de ser gerido, é isso», disse.

Gyokeres foi opção a partir do banco em Vila do Conde e Leipzig (IMAGO)

Risco de rotura muscular

Se não é no joelho… então qual é o verdadeiro problema do avançado? Ao que A BOLA apurou esta gestão está apenas ligada a uma precaução… Porque os níveis de fadiga muscular que o sueco apresenta (na zona da coxa) são elevados e uma sobrecarga nesta altura poderá ser fatal para uma indesejada rotura que afastaria o jogador por várias semanas. Esse risco obriga, dessa forma, nesta altura, a uma gestão rigorosa de utilização de minutos. Esse é o trabalho que vem sendo feito em plena consonância entre o departamento médico e a equipa técnica. Rui Borges, nesse sentido, tem a intenção de manter o jogador em competição e, ao mesmo tempo, aproveitar para recuperar e fortalecer a zona afetada.

Algo que irá demorar algum tempo, mas que tem vindo a ser recuperado nos últimos dois jogos (à partida este sábado será novamente suplente). Contar em pleno, na máxima das suas capacidades em duelos decisivos (como diante do Bolonha na próxima quarta-feira ou com o FC Porto no próximo dia 8 de fevereiro) é algo que tem vindo a ser trabalhado nas últimas semanas.

Gyokeres, de resto, sente-se em plenas condições de somar minutos e continuará a ser aposta mas, para já, com limites… De resto, a avaliar pelos últimos desempenhos, até a sair do banco, o sueco continua a manter enorme influência com golos.