Sporting: Coates nunca esquece ‘bis’ em Barcelos
Viveu momento agridoce em fevereiro de 2021; recorda esse jogo com o Gil como «especial»
A data de 9 de fevereiro de 2021 está gravada na memória e no coração de Sebástien Coates como o dia de um dos (impressionantes)... 361 jogos mais importantes de leão ao peito. Estádio Cidade de Barcelos, jornada 18.ª da Liga, pela frente um Gil Vicente de dentes cerrados que, em casa, bateu o pé à equipa de Alvalade.
Recuemos: o Sporting era líder e tinha a oportunidade de aumentar a distância para o segundo classificado, após o empate do FC Porto em Braga, mas viveu momentos de aperto naquela noite em que a chuva caiu copiosamente.
Contra a corrente do jogo, Kanya Fujimoto marcou para os galos aos 36 minutos, deixando os leões em maus lençóis. Rúben Amorim mexeu na equipa, lançando Tiago Tomás, Gonçalo Inácio, Daniel Bragança, Matheus Reis e João Mário, mas nada estava a resultar.
Até que, à passagem do minuto 83, à entrada da área, com um pontapé de raiva (por motivos pessoais e coletivos), Coates empatou o jogo. Ficou deitado no chão, com os colegas por cima dele a festejar. E já o relógio marcava 90+1 minutos quando, o capitão leonino, de cabeça, respondeu da melhor forma um livre cobrado por Porro na esquerda. Ergueu os braços e apontou para o céu, a chuva ajudou a disfarçar as lágrimas.
Na flash interview Coates justificou a emoção: «Para mim foi um jogo muito especial. Esta semana perdi um amigo, um irmão [o avançado uruguaio Santiago ‘Morro’ García], e foi um jogo muito complicado por isso. Tenho de dizer muito obrigado a todos os meus companheiros, que me apoiaram dentro do campo.»
Recentemente, no programa ‘O Futebol é Momento’ da Sport TV, o capitão leonino voltou a falar do encontro atrás mencionado: «Foi um dos jogos mais importantes, estava a chover muito. Estávamos a fazer uma boa época e o jogo estava muito difícil. Tinha tido uma semana difícil e marcar significou muito.»
Em final de contrato, Coates é um exemplo pela entrega e liderança, a avançar para 10.ª época de leão ao peito, iguala o registo de Pedro Barbosa, neste século, que jogou no Sporting entre 1995 e 2005, à frente está Rui Patrício, guardião que esteve 12 temporadas em Alvalade. Hoje volta a uma casa especial...