Será que os números estão alinhados, Rúben Amorim?

Em 2013/2014, como jogador, Amorim foi campeão, venceu a Supertaça, a Taça de Portugal e da Liga. Uma década depois, em Portugal, como treinador, só lhe falta erguer o mítico troféu no Jamor

Domingo, em Alvalade, Rúben Amorim cumprirá o 12.º jogo como treinador na Taça de Portugal e, decidido a ganhar títulos esta época, só aceita a vitória frente ao modesto Dumiense. Vencer a Taça de Portugal «já esta época» é um dos objetivos já assumidos por Amorim até pela importância emocional da prova Rainha do futebol português, que Rúben Amorim conquistou como jogador há precisamente 10 anos. Mas, já lá vamos a esses tempos. 

Nas três edições anteriores que disputou como treinador (sempre nos leões) o melhor que Amorim conseguiu foram as meias-finais (2021/2022), nas quais foi eliminado pelo FC Porto (1-3 no agregado das duas mãos). Em 2020/2021 o Sporting caiu nos ‘oitavos’ frente ao Marítimo (0-2). Na época passada, a eliminação precoce com o Varzim, da Liga 3, é vista pelo técnico como lição para esta época. 

Na eliminatória anterior da Taça de Portugal, versão 2023/2024, o Sporting venceu o Olivais e Moscavide por 3-1 e este domingo Rúben Amorim quer uma equipa determinada e a respeitar o adversário para evitar qualquer dissabor. Amorim quer voltar ao Jamor, 10 anos depois de ter subido a mítica escadaria para erguer a Taça. Foi a única vez na vida que o conseguiu. Há precisamente uma década… 

18 de maio de 2014, Estádio Nacional, final com o Rio Ave. Rúben Amorim foi titular num Benfica quase sem portugueses. Aliás, tirando o agora treinador dos leões e André Almeida não havia no 11 eleito por Jorge Jesus mais qualquer jogador nascido em Portugal. No então Benfica recheado de argentinos, foi dos pés de um, Nico Gaitán, que saiu o golo que levou ao triunfo no mítico Jamor. A única Taça do currículo de Amorim enquanto jogador. Agora como treinador, e de leão ao peito, quer conquistar a primeira Taça de Portugal da carreira. E se lhe dessem a escolher, agora como treinador, repetir a temporada 2013/2014 talvez Rúben Amorim não pensasse duas vezes. Nessa ocasião venceu a Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga, Supertaça e foi finalista vencido na final da Liga Europa (célebre derrota com o Sevilha de Beto Pimparel e Daniel Carriço). 

Precisamente uma década depois, Rúben Amorim poderá sonhar em repetir o feito, desta vez sentado no banco de suplentes com a braçadeira de treinador no braço. Esse é um dos objetivos.