Stale Solbakken considera que o extremo norueguês evoluiu muito esta época; selecionador da Noruega acredita que o jovem pode ser uma mais-valia para as águias; avisa, no entanto, que ainda não é um produto acabado

Andreas Schjelderup tem aproveitado da melhor forma o empréstimo no Nordsjaelland. Quem o diz é Stale Solbakken, treinador da seleção nacional da Noruega, que mantém um olhar atento à evolução do jovem de 19 anos.

Com sete golos e 10 assistências em todas as competições ao serviço dos dinamarqueses, o extremo que o Benfica contratou por 14 milhões de euros em janeiro de 2023 segue na sua conquista da terra dos vikings, tendo, ainda assim, admitido recentemente que está ansioso por voltar ao clube encarnado.

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Ao nosso jornal, Solbakken não arrisca dizer se a opção pelo empréstimo foi a decisão certa, pois não sabe «exatamente que planos o Benfica tinha para o Andreas e quantos minutos lhe dariam, por isso é difícil ter a certeza se foi a melhor escolha ou não», mas frisa que Schjelderup «encontrou-se a ele próprio e progrediu fisicamente». E explica: «Está mais forte, as suas ações no relvado são mais explosivas, mas, claro, há uma grande diferença entre jogar no Nordsjaelland e no Benfica. Mas acho que o Schjelderup evoluiu muito este ano.»

O selecionador é da opinião que o extremo «está muito motivado para voltar ao Benfica e lutar por um lugar, mesmo sabendo que há uma forte concorrência», garantindo que «está melhor preparado agora do que quando chegou a Lisboa, está mais maduro».

Não obstante, pede aos adeptos para não elevarem as expectativas: «Podem esperar um jogador com mais maturidade, que evoluiu, mas que ainda tem de dar mais dois ou três passos antes de ter a certeza que poderá influenciar o jogo do Benfica, ainda não é um produto acabado». Acredita, no entanto, que Schjelderup pode «fazer parte do lote de 15 ou 16 jogadores mais utilizados», uma vez que «o Benfica participa nas competições europeias e precisa de jogadores que possam ir rodando, porque são muitos jogos».

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Uma possível chamada à seleção da Noruega está no horizonte, mas, possivelmente, ainda distante: «Andreas está numa luta feroz por um lugar. Neste momento, Oscar Bobb do Manchester City e Antonio Nusa do Club Brugge partem um pouco à frente, mas o Andreas está a fazer as coisas bem e está no rumo certo.»

Saídas podem resultar em oportunidades

A continuidade de Rafa e Di María continua a ser tópico quente nos corredores do Benfica Campus, nos cafés e nas redes sociais. Os dois atacantes são de longe os que mais marcam e assistem nas águias — 36 golos e 36 assistências no total em todas as competições — e, a confirmarem-se as suas saídas no final da época, o clube encarnado poderá ficar órfão de referências ofensivas que possam alterar o rumo do jogo num rasgo individual.

Ainda assim, a saída dos dois craques benfiquistas pode ser uma boa notícia para os jovens que se encontram à espreita da oportunidade para representar as águias de forma mais regular. Rollheiser e Prestianni chegaram a Lisboa em janeiro, mas pouco têm contado, ao passo que Schjelderup pretende regressar no verão e lutar por um lugar no onze. Tiago Gouveia também procura consolidar-se no plantel encarnado, sendo que os quatro jovens terão que contar ainda com a concorrência de David Neres que, a verificar-se a saída do português e do argentino, passa a ser o principal criativo nas alas do Benfica.