Liga Conferência SC Braga sem 'milagre' em Florença (veja os golos)

Ponto final na aventura do SC Braga na Liga Conferência. Os guerreiros voltaram a perder com a Fiorentina, agora no estádio Artemio Franchi, onde enfrentavam missão quase impossível para contrariar a desvantagem de quatro golos trazida de Braga. Era, no fundo, preciso um milagre… que não aconteceu – mas chegou a ganhar forma com o 2-0 que os bracarenses chegaram a alcançar no primeiro tempo.

O próprio SC Braga não foi crente, com Artur Jorge a fazer autêntica revolução no onze depois de ter vencido (2-0) o Arouca para a Liga na jornada do fim de semana. Trocou nove jogadores, só Paulo Oliveira e Simon Banza escaparam.

Já o treinador da Fiorentina, Vincenzo Italiano, avisou a equipa viola antes da partida para não se distrair com o resultado da primeira-mão, mas também trocou várias unidades, seis no total.

Os primeiros minutos da partida indicavam que a Fiorentina não se ia distrair mesmo com o 4-0 de Braga. Foi dela a primeira chance de golo, aos 11’, um cruzamento de Bonaventura do lado esquerdo e um cabeceamento de Nico González de cima para baixo ao qual Tiago Sá se opôs com mestria, negando o 1-0 à turma viola.

Os guerreiros responderam poucos minutos depois e… com o primeiro golo da partida, um cruzamento da esquerda de Álvaro Djaló afastado pela defesa italiana, mas a fazer a bola sobrar para a entrada da área, onde apareceu Castro a rematar fortíssimo, fora do alcance de Sirigu, inaugurando o marcador aos 17’. Estava feito o primeiro, era preciso procurar o segundo.

Os guerreiros correram atrás disso mesmo e viram Banza, aos 27’, falhar oportunidade clamorosa, não acertando remate na bola em zona frontal à baliza. Mas aos 35’ a esperança na reviravolta foi reforçada por Álvaro Djaló, que dominou bola no peito à entrada da área e desferiu remate de primeira sem chances para Sirigu, fazendo o 2-0. Meio milagre estava conseguido e percebeu-se que a equipa italiana ficou intranquila por alguns instantes após sofrer o 0-2.

Acabou, porém, por ter a estrela que ainda não tinha feito por merecer e numa jogada pela direita aos 37’ viu Madrangora fazer remate que desviou em Niakaté, acabando por trair Tiago Sá - que já no tempo de compensação evitou que Nico González fizesse o 2-2.

A segunda parte teve lance polémico, que vai dar muito que falar nos próximos dias. Aos 55’, Arthur Cabral remata em esforço e Tiago Sá vai buscar a bola junto ao poste esquerdo, ficando a sensação de a ter impedido de transpor na totalidade a linha de golo. Mas o relógio do árbitro francês Benoit Bastien recebeu indicação de golo, que este logo validou.

Foi, contudo, chamado à atenção pelo VAR e depois de vários minutos foi ele próprio consultar as imagens. E as que viu não mostraram a bola a passar a linha de golo na totalidade, pelo que reverteu a decisão tecnológica, anulando o que seria o 2-2. E impedindo que a eliminatória ficasse arrumada naquele instante.

Mas não demorou muito mais para a turma viola terminar com as dúvidas e Saponara matou a eliminatória aos 55’, a passe de Bonaventura, que aos 83’ voltou a cruzar para mais uma finalização de sucesso, permitindo a Arthur Cabral marcar o golo da reviravolta e fechar as contas da eliminatória num expressivo 7-2.