Rui Borges: «Triunfo justo do FC Porto»
Treinador dos conquistadores admitiu que o adversário fez valer a sua superioridade e aproveitou bem as falhas da sua equipa; técnico referiu que tentou pedir mais audácia aos seus jogadores ao intervalo
Rui Borges, treinador do V. Guimarães, considerou o triunfo do FC Porto justo, pois a sua equipa não foi capaz de ser igual a si própria durante vários momentos do jogo e que teve algumas falhas que permitiram os golos, nomeadamente os primeiros dois, aos dragões. Técnico ainda agradeceu o apoio do público, principalmente no final do encontro, depois de a equipa ter perdido por 0-3.
O primeiro golo acontece quando pede mais audácia à sua equipa? Foi isso que acabou por fazer a diferença?
- Uma primeira parte onde nós não tivemos capacidade de ligar o jogo, pois o FC Porto foi bastante intenso. Não fomos capazes de criar mais perigo e pegar no jogo, também mérito do adversário. Não controlamos e sem bola fomos permissivos, muito reativos e pouco proativos. A nossa primeira linha de pressão não conseguiu fazer aquilo que estava planeado. Deixamos que tomassem decisões muito à vontade. Ao intervalo mudamos um ou outro comportamento para sermos mais audazes e acabamos por sofrer golo num ataque à profundidade da equipa do FC Porto, com mérito, mas uma abordagem pouco consistente da nossa parte. Depois estávamos melhor e sofremos o segundo golo, num erro de transição, mas faz parte pois fomos iguais a nós próprios. O FC Porto foi colocando gente rápida e fresca e não conseguimos entrar no jogo. Podia ter sido golo na do Gustavo Silva que chega atrasado. Triunfo justo do FC Porto. Ainda uma palavra aos nossos adeptos, pois tentamos mas não conseguimos e eles foram incansáveis. No final do jogo foram muito importantes que continuem assim e que acreditem. Estou muito orgulhoso e é importante que os jogadores sintam esse apoio.
A diferença esteve essencialmente na concentração, com esses más decisões dos seus jogadores?
- Não fomos capazes na primeira parte, mas o FC Porto não criou nenhum lance de perigo. Na segunda parte, não foi falta de concentração, mas um ou outro comportamento. No lance do primeiro golo saem em velocidade, o Tomás sai demasiado cedo, o João Mendes tentou ir ao um para um e o Borevkovic procurou fechar, mas não conseguiram. É difícil, isto é treinado, a linha defensiva em inferioridade tem de esperar, mas as decisões são feitas em segundos. Defrontamos uma grande equipa e em meia falha fazem um golo. Segundo golo igual, com um detalhe numa falha do Bruno Gaspar. Já o terceiro surge no final do jogo, num momento diferente em que a equipa do FC Porto que é mais madura conseguiu aquilo que pretendia.