Rui Borges: «Feliz com a vitória e agora é aproveitar a folga»
Treinador dos conquistadores falou de um jogo equilibrado, mas de um triunfo justo para a sua equipa, diante do Famalicão; não está preocupado com o mercado e pretende relembrar processos nos próximos dias
Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, analisou o triunfo perante o Famalicão, por 2-1, com o segundo golo a chegar nos descontos. O técnico já só pensa na folga competitiva, pois pretende trabalhar processos, agora que não tem de se preocupar com o próximo jogo. Ainda deixou elogios aos jogadores e explicou que a saída de Tiago Silva foi por gestão física.
Equipa melhorou na segunda parte, que mensagem passou ao intervalo? E pode explicar a saída do Tiago Silva?
- Na primeira parte foi equilibrado, o Famalicão com mais bola e nós um pouco mal posicionados, que eu não quero. Não temos treinos aquisitivos, apenas na pré-época e acaba por ser normal. Algo precipitados, a falhar passes e deixamos que o Famalicão tivesse mais bola. Na segunda parte entrámos melhor e fomos mais certos na pressão, pois estava a ser um pouco individual. Apenas perigo do Famalicão num passe errado. Jogo intenso, mas jogou-se pouco, com muita gritaria e faltas. Adeptos fantásticos que transmitem força para dentro e nós tentamos transmitir para fora. A relva também não ajudou. Em relação ao Tiago Silva foi gestão, um verdadeiro capitão que serrou os dentes e naquela altura tinha de sair. Os companheiros olham para ele como um exemplo, mas naquele momento estava no limite e teve de sair. Manu entrou bem, pois quem entra acrescenta e ajuda. Não há palavras para descrever este grupo.
Golo ao cair do pano levou-o a festejar, como viveu esse momento?
- No golo foi o sentimento de felicidade, por tudo o que estava a ser o jogo, intenso e apaixonante. Dedicar a vitória aos adeptos que compareceram em massa. Festejar é raro, mas acabou por acontecer, pois no final do jogo está tudo à flor da pele e extravasou. Saboroso por ser uma vitória em casa, vimos de uma série de jogos intensos, ir para estes dias de descanso com a cabeça tranquila. Uma vitória como outra qualquer.
Paragem competitiva vai ajudar?
- Ajuda. Não temos folgas e só recuperamos, não tem havido treinos aquisitivos. Felizmente tem corrido bem, não é fácil, pois todos queremos estar em casa, com a família. Vão ser dez dias em que vamos relembrar o que trabalhamos na pré-época. Tenho um grupo que ouve e que gosta de aprender.
Mercado vai fechar. Está preocupado?
- Não estou minimamente preocupado. Feliz com a vitória, aproveitar a folga, sem pensar que há jogo no fim-de-semana. Sempre em sintonia com o presidente e tudo que ele fizer é para o bem do Vitória. Se vender é porque tem necessidade de o fazer e cá estou para arranjar soluções. Toda a estrutura em sintonia, pois só assim conseguimos ser mais competitivos e estamos mais perto de ganhar. Tem sido assim e por isso temos ganho mais vezes.