Em busca de recuperação após uma pesada derrota, o conjunto de Vila de Conde recebe os famalicenses, que tentam quebrar uma sequência negativa de quatro jogos sem vencer
A oitava jornada da Liga arranca esta sexta-feira, às 20h30, com o confronto entre o Rio Ave e o Famalicão, em Vila do Conde. A formação comandada por Luís Freire, que ocupa a 12.ª posição com sete pontos, procura redimir-se após uma derrota pesada por 4-0 frente ao SC Braga. Os vilacondenses têm enfrentado dificuldades para somar pontos e esperam capitalizar o fator casa para reencontrar o caminho das vitórias. Até ao momento, o conjunto verde e branco conseguiu duas vitórias em casa, contra o Farense e o Arouca, ambas por 1-0, e um empate com o Estoril (2-2), mantendo-se invicto em Vila do Conde há 11 meses.
Por outro lado, o Famalicão, que se encontra em 7.º lugar com 12 pontos, também busca melhorar o seu desempenho, especialmente após uma sequência de quatro jogos sem triunfos, tendo empatado (0-0) na última jornada contra o Nacional. Sob a orientação de Armando Evangelista, a equipa tem mostrado solidez defensiva, mas enfrenta dificuldades no ataque, não tendo conseguido marcar nas últimas duas partidas. Os famalicenses começaram a época com três triunfos seguidos - incluindo ao Benfica - mas depois da derrota em Guimarães, o balão de oxigénio esvaziou.
O histórico de confrontos entre as duas equipas dá vantagem ao Rio Ave, que venceu sete dos 22 jogos disputados, enquanto o Famalicão conquistou cinco vitórias. O último encontro terminou com uma vitória do Famalicão por 2-1.
Luís Freire irá completar o seu jogo número 100 na Liga.
Rio Ave
Rio Ave com dores de crescimento fruto de uma profunda remodelação no plantel; começo de calendário difícil dos vila-condenses no campeonato; contestação de adeptos em Braga sem eco nos responsáveis do clube
Onze provável (3x4x3): Jhonatan; Panzo, Aderllan, Pantalon; Vrousai, Tiknaz, Martim Neto, Omar Richards; Brandon Aguilera, Hassan e Kiko Bondoso.
Castigados: nada a registar
Lesionados: nada a assinalar
Treinador do Rio Ave fez a projeção do encontro com o Famalicão, agendado para amanhã
O que disse Luís Freire na antevisão: «Somos uma equipa ofensiva na perspetiva dos jogadores que colocamos na área. Projetamos os alas, o 'oito' e os extremos na área do adversário. Colocamos cinco ou seis jogadores na área do adversário. Claro que os oponentes têm algum receio, também se retraem e acabam por, com o andar da carruagem, sentir isso, até pelo público das bancadas. Em casa sentimos isso e acabamos por ser uma equipa que consegue pontos. Nos últimos tempos, tem sido difícil jogar aqui e queremos continuar. Temos certas dificuldades em jogar fora e, como disse, temos um modelo ofensivo. Em Braga, tivemos 18 em 15 remates. Equilibrado. As equipas, às vezes, até aproveitam essa disposição ofensiva. Se calhar aqui em casa conseguimos fazer a diferença e estar confiantes. Todas as equipas são fortes nisso»
Famalicão
Onze provável (4x2x3x1): Ivan Zlobin; Calegari, Enea Mihaj, Justin de Haas, Rodrigo Pinheiro; Mirko Topic, Zaydou Youssouf; Gil Dias, Gustavo Sá, Óscar Aranda; Mario González.
Minhotos têm a segunda defesa menos batida da Liga; não sofrem golos há dois jogos e podem igualar feito do arranque histórico; novo registo de invencibilidade à prova no duelo com o Rio Ave
Castigados: nada a assinalar
Lesionados: Sorriso
Em dúvida: Rafa Soares e Rochinha
Técnico do emblema minhoto elogia trabalho da equipa mesmo num período sem vitórias; a forte convicção de que os jogadores estão preparados para voltar a sorrir; contestação dos adeptos do Rio Ave tem que ver com paixão, defende, mas competências de Luís Freire são imbeliscáveis
O que disse Armando Evangelista na antevisão: «Precisamos de fazer golos, como é óbvio. São factos, não há que esconder. Nos últimos três jogos não ganhámos, mas também não perdemos. Podemos olhar dessa forma, mas também pela coesão defensiva que temos demonstrado e cujos índices são elevadíssimos. Somos a segunda defesa menos batida [da Liga], mas não são só os defesas que defendem, é toda uma coesão coletiva, acima de tudo. Nesse aspeto, estamos bem, estamos consistentes, e é importante também evoluir noutros aspetos, como é óbvio. Mas importa realçar o que temos produzido. Nestes últimos três jogos estivemos sempre mais próximos de ganhar do que de perder. Com a evolução no trabalho que os jogadores têm demonstrado e com a aceitação da exigência, parece-me que estamos muito mais próximos de voltar às vitórias»