Armando Evangelista: «Nestes últimos três jogos estivemos sempre mais próximos de ganhar do que de perder»
Técnico dos azuis e brancos do Minho dá a receita para o regresso aos triunfos. (Foto: Famalicão)

Armando Evangelista: «Nestes últimos três jogos estivemos sempre mais próximos de ganhar do que de perder»

Técnico do emblema minhoto elogia trabalho da equipa mesmo num período sem vitórias; a forte convicção de que os jogadores estão preparados para voltar a sorrir; contestação dos adeptos do Rio Ave tem que ver com paixão, defende, mas competências de Luís Freire são imbeliscáveis

O Famalicão não venceu nenhum dos últimos quatro jogos - derrota com o Vitória de Guimarães (1-2) e empates diante de Gil Vicente (1-1), Moreirense (0-0) e Nacional (0-0) -, mas nem isso tirou ponta de qualidade ao trabalho que tem vindo a ser realizado pelos jogadores do emblema de Vila Nova. E Armando Evangelista defendeu essa tese, esta quinta-feira, na conferência de Imprensa de antevisão do duelo frente ao Rio Ave, que está agendado para as 20.15 horas desta sexta-feira e que terá honras de abertura da 8.ª jornada da Liga.

O técnico assume que há aspetos a melhorar para que a equipa volte ao trilho das vitórias, mas também não deixa de salientar os méritos do processo defensivo, recordando que o Famalicão é, por esta altura, a segunda defesa menos batida do campeonato - tem apenas três golos sofridos, tantos quantos o FC Porto, a apenas mais um do que o Sporting.

«Precisamos de fazer golos, como é óbvio. São factos, não há que esconder. Nos últimos três jogos não ganhámos, mas também não perdemos. Podemos olhar dessa forma, mas também pela coesão defensiva que temos demonstrado e cujos índices são elevadíssimos. Somos a segunda defesa menos batida [da Liga], mas não são só os defesas que defendem, é toda uma coesão coletiva, acima de tudo. Nesse aspeto, estamos bem, estamos consistentes, e é importante também evoluir noutros aspetos, como é óbvio. Mas importa realçar o que temos produzido. Nestes últimos três jogos estivemos sempre mais próximos de ganhar do que de perder. Com a evolução no trabalho que os jogadores têm demonstrado e com a aceitação da exigência, parece-me que estamos muito mais próximos de voltar às vitórias», analisou.

Sobre o duelo com os vila-condenses, Evangelista antevê dificuldades, mas deixa a garantia: «Trabalhámos bem, com o foco no Rio Ave, mesmo tendo presentes as dificuldades que vamos ter pela frente, porque as vamos ter. Se olharmos para o Rio Ave vimos que em casa é uma equipa que este ano ainda não perdeu, e só por isso podemos vencer que as dificuldades vão estar presentes. Também sabemos que vamos jogar num estádio em que, por norma, as condições climatéricas, principalmente o vento, pode ser uma condicionante. Ou seja, dentro de tudo isto, procurámos uma estratégia para contrariar isso tudo para que consigamos atingir o nosso grande objetivo, que é o de conquistar os três pontos.»

Os adeptos do emblema rioavista demonstraram, após o último jogo, com o SC Braga (0-4), a sua insatisfação pelo momento da equipa, mas o treinador dos famalicenses entende que esse dado não terá influência no desafio de amanhã. E não esconde o seu apreço pelas competências de Luís Freire.

«Todas as equipas passam por ciclos positivos, negativos e intermédios. Claro que quando há ciclos que não vão ao encontro das expectativas dos adeptos, existe contestação. Estamos a falar de um jogo que tem paixão e é normal que isso exista. Eu conheço bem o [Luís] Freire e sei da sua competência. Também sei que o que o Rio Ave tem produzido não vai ao encontro de alguns resultados que têm tido. Não acredito que seja por aí. Nós temos é de estar focados no que temos de fazer, na estratégia que trabalhámos durante a semana para ultrapassar isso e no querer ganhar três pontos», assumiu o técnico.

Sorriso é baixa garantida no conjunto minhoto, devido a lesão, mas Armando Evangelista, não quis levantar a ponta do véu sobre quem será o seu substituto. Além disso, o treinador dos famalicenses conta com o apoio de sempre da aficionada massa associativa do clube: «Substituto do Sorriso? Poderá ser o Gil Dias, poderá ser o Afonso [Rodrigues], poderá ser o [Diogo] Cabral, poderá ser qualquer um. Não queria estar a desvendar porque respeito muito o trabalho do [Luís] Freire, mas não queria estar a dar-lhe mais trunfos nesse capítulo [risos]. Sobre os nossos adeptos, o que tenho a dizer é que têm estado sempre do nosso lado, têm apoiado em número significativo e acho que amanhã não será diferente. Sabemos a paixão que têm pelo clube, gostam de estar presentes e de apoiar, e acredito que vão continuar a estar presentes com a mesma energia.»