Luís Freire e a contestação: «Estamos a um ponto do 8.º lugar...»

NACIONAL03.10.202415:08

Treinador do Rio Ave fez a projeção do encontro com o Famalicão, agendado para amanhã

Luís Freire voltou, esta quinta-feira, a abordar a contestação de que foi alvo por parte dos adeptos que se deslocaram a Braga, mas concentrou o seu foco na receção Famalicão, esta sexta-feira, pelas 20.15 horas, em partida inaugural da oitava ronda da Liga. O treinador pretende tirar partido do fator casa, onde os vilacondenses não perdem há praticamente um ano, desde o final de outubro de 2023. 

— Como foi a semana de trabalho depois dos lenços brancos em Braga?

— Já falei disso em Braga, qual é o meu sentimento. O mais importante é o próximo jogo, o que está para trás, está. Estamos a um ponto do oitavo lugar e temos de olhar para a frente, temos duas vitórias em casa e um empate, onde temos sido muito apoiados, onde temos um público fantástico. Aqui, os resultados têm sido bons. Vai ser um jogo de equipas da zona, onde toda a gente se conhece e quer ganhar. Quero é que as pessoas apoiem a equipa e o mais importante são as vitórias. Ser apoiados ajuda a construir as vitórias. Foi uma semana curta, mas temos de nos preocupar com o assunto do jogo. Explicámos aos jogadores que já jogámos contra os grandes e estamos a um ponto do oitavo lugar. Temos criados oportunidades, se formos ver os jogos, o Matheus (SC Braga), o Robles (Estoril) e o Ochoa (AVS SAD) fazem todos grandes defesas contra nós. Se continuarmos, de certeza que a bola vai entrar. A bola entrando, toda a gente fica mais contente. Parecendo que não, sem contar com os três grandes, construímos coisas boas.

— Como perspetiva este encontro com o Famalicão, depois da goleada sofrida em Braga?

— Nós somos uma equipa ofensiva na perspetiva dos jogadores que colocamos na área. Projetamos os alas, o 'oito' e os extremos na área do adversário. Colocamos cinco ou seis jogadores na área do adversário. Claro que os oponentes têm algum receio, também se retraem e acabam por, com o andar da carruagem, sentir isso, até pelo público das bancadas. Em casa sentimos isso e acabamos por ser uma equipa que consegue pontos. Nos últimos tempos, tem sido difícil jogar aqui e queremos continuar. Temos certas dificuldades em jogar fora e, como disse, temos um modelo ofensivo. Em Braga, tivemos 18 em 15 remates. Equilibrado. As equipas, às vezes, até aproveitam essa disposição ofensiva. Se calhar aqui em casa conseguimos fazer a diferença e estar confiantes. Todas as equipas são fortes nisso.

— Há alguma mudança a fazer na sua equipa em relação ao jogo com o SC Braga?

— Tivemos uma semana curta, jogámos no domingo à noite e voltamos a jogar na sexta-feira à noite. O Famalicão joga, normalmente, num 4x3x3. O Topic, o Zaydou e o Gustavo Sá no meio, um meio-campo sólido e bom de bola. Os avançados também são dinâmicos e fortes no um-para-um. Estamos preparados para isso, há sempre uma vontade muito grande de aumentar os níveis de agressividade e capacidade de sermos incisivos de forma defensiva, mais do que de forma atacante. Trabalhámos mais isso, o que não correu bem em Braga. Tivemos oportunidades diante do SC Braga e senti a equipa confiante com bola. Tenho a certeza de que os adeptos estarão presentes e vão ajudar-nos a vencer o jogo. Mais do que reconhecer que a equipa não esteve bem em Braga, reconheço que é preciso melhorar.

— O que representa para si fazer o centésimo jogo na Liga como treinador?

— Tem coisas boas. Não tive assim tantos clubes, acabo por dar seguimento ao trabalho e isso não é muito normal. É o reconhecimento de quem trabalha connosco diretamente e dos adeptos. Tenho 38 anos, ainda estou a crescer, não sou mais do que ninguém. 100 jogos é bom, mas iremos continuar, se assim Deus quiser.