15 outubro 2024, 10:43
Manchester United 'despede' Sir Alex Ferguson
Antigo treinador dos 'red devils' mantinha papel de embaixador global do clube; ligação ao clube continua, como membro não executivo da Direção
Coproprietário do Manchester United tem feitos cortes polémicos nas despesas do clube, desde Alex Ferguson a bilhetes para funcionários
Jim Ratcliffe, coproprietário do Manchester United, está envolto em nova polémica devido à contenção de custos no clube.
O empresário dono da Ineos, considerado o mais rico do país – com uma fortuna estimada em mais de 20 mil milhões de euros - terá cortado o apoio a uma instituição que ajuda antigos jogadores do clube com baixos rendimentos. A informação foi avançada este sábado pelo jornal 'The Sun', que garante que a medida não foi nada apreciada.
Tradicionalmente, o clube dava anualmente 40 mil libras (48 mil euros) à Associação de Antigos jogadores, criada em 1985, que já ajudou nomes como o antigo capitão Brian Robson – afinal nesse tempo os jogadores não ganhavam salários como os de hoje em dia.
A mesma fonte refere que a Associação contactou o clube quando duas tranches de 10 mil libras não chegaram, e ficou então a saber que o apoio tinha sido cortado.
O administrador Jim Elms, de 84 anos, que jogou na equipa juvenil e nos reservas do United entre 1957 e 1960, considerou a medida «ridícula», pedindo, através do jornal, que reconsiderasse: «Enviámos uma carta a dizer que não tínhamos sido pagos. Ninguém nos disse nada e tivemos de enviar outra carta. Foi quando começámos a ouvir que seria o nosso fim».
Elms disse que até falou com o diretor-executivo Omar Berreda. «Falei com ele e não se comprometeu com nada. Voltaremos a falar em agosto mas disse que não via mudanças. É ridículo. Parecem pensar que não somos necessários», comentou, lembrando que a instituição faz trabalho em várias frentes, desde ajuda mensal a «pagar funerais».
Dan Coombs, do grupo de apoio United In Focus, foi mais longe: «Depois de um verão em que o United gastou 10 milhões de libras (120 milhões de euros) e continua a pagar salários incrivelmente elevados, as poupanças resultantes deste último corte são uma gota de água no oceano e um pontapé nos dentes para muitos dos antigos grandes jogadores do clube, que não recebiam os balúrdios que os futebolistas de hoje recebem.»
Desde que o empresário de 72 anos pegou no clube, lançou uma campanha de redução de custos que tem abarcado todas as áreas. Mais de 250 empregados foram despedidos e, para espanto mundial, o papel de embaixador de Sir Alex Ferguson, que recebia 2 milhões de libras por ano, foi cancelado. Foi cancelada a festa de Natal e os funcionários deixaram de receber transporte e bilhetes gratuitos para a final da Taça de Inglaterra. Os descontos nos bilhetes para os jovens e seniores também foram anulados.
15 outubro 2024, 10:43
Antigo treinador dos 'red devils' mantinha papel de embaixador global do clube; ligação ao clube continua, como membro não executivo da Direção