Quatro resistentes nas 'revoluções' de Amorim

Sporting Quatro resistentes nas 'revoluções' de Amorim

NACIONAL30.06.202309:28

Ainda se lembra o leitor do onze com mais minutos que em 2020/2021 conquistou o título de campeão nacional? Um olhar mais atento aos três campos que refletem as equipas do Sporting nas últimas três temporadas será suficiente para recordar a que, após o jogo com o Boavista, a 11 de maio de 2021, pintou Lisboa de verde e branco.

Mas numa análise mais profunda é também possível perceber as várias transformações que a formação liderada por Rúben Amorim foi conhecendo nestas três últimas temporadas. Aliás, olhando para 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023 chega-se facilmente à conclusão que há apenas quatro jogadores que neste espaço de tempo mantém estatuto de titulares para o treinador leonino: o guarda-redes espanhol Antonio Adán, o capitão Coates, o esquerdino Nuno Santos e o goleador Pedro Gonçalves.

Naturalmente, poder-se-iam acrescentar mais alguns nomes a esta lista, mas por razões várias foram alternando o banco de suplentes com a titularidade, acabando por perder minutos. Dois bons exemplos são Luís Neto e Gonçalo Inácio. O primeiro, que está  em vias de renovar contrato com os leões por mais uma temporada, nem no primeiro ano foi um titular indiscutível, partilhando esse estatuto precisamente com Gonçalo Inácio, o jovem central lançado por Amorim em ano de conquista do título e que só mais tarde conseguiu definitivamente  o estatuto de imprescindível. Ou também  Paulinho, pedido expresso do treinador, que chegou em janeiro de 2021, mas a tempo de ganhar protagonismo no ataque, ele que marcaria o golo decisivo frente ao Boavista.


Há também os casos de jogadores que ganharam preponderância de leão ao peito, mas que por força da imperiosa necessidade de encaixes financeiros não concluíram este ciclo de três anos no Sporting. Casos de João Palhinha, Matheus Nunes, Pedro Porro, Nuno Mendes. Se tivessem ficado... todos eles certamente manteriam o estatuto de primeiras figuras no clube de Alvalade.

CARAS NOVAS... MAS NÃO SÓ

É já no domingo que o plantel do Sporting dá o pontapé de saída para a nova temporada que, inevitavelmente, trará caras novas a um leão desejoso de assumir protagonismo. Para já, há a garantia que os responsáveis investirão forte no ataque, tendo como alvo o internacional sueco Viktor Gyokeres. Mas faltam ainda, pelo menos, mais dois reforços, um para o meio-campo outro para a lateral direita - para tentar fazer esquecer Ugarte e Pedro Porro, respetivamente.

Mas não serão apenas reforços as caras novas do leão em 2023/2024. Há a esperança de um St. Juste mais regular e sem lesões, a certeza de que Diomande irá continuar a crescer e que Daniel Bragança, após paragem de um ano, voltará a ser trunfo. Será, portanto, uma quarta revolução de Rúben Amorim, um leão  com novos argumentos para tentar recuperar a competitividade que na época transata apenas demonstrou a espaços e principalmente na Europa.


E se é verdade que época após época apenas um quarteto conseguiu manter protagonismo, não é menos verdade que a manutenção da estrutura do plantel é trunfo que joga a favor dos leões. Paulinho, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Edwards, Trincão, Neto, Esgaio, Morita serão sempre cruciais para o treinador sportinguista.