Sporting-Benfica, 1-1 (6-7, gp) O 'detalhe' do penálti, a satisfação pela exibição da equipa e a crença na conquista do campeonato: tudo o que disse Rui Borges
Técnico dos leões gostou do que viu e diz que a sua equipa foi superior ao Benfica. O penálti que fez a diferença. Crença no futuro e na conquista do campeonato
Foi um jogo muito equilibrado e decidido nos penáltis. O que tira de positivo em relação à exibição da equipa no terceiro clássico em apenas 15 dias?
Acima de tudo, a capacidade da equipa, que com e sem bola. Foi um jogo equilibrado, com uma primeira parte mais dinâmica em termos de chegadas às balizas, e uma segunda parte não tão dinâmica. Mas acho que as melhores oportunidades para finalizar até foram nossas. Mas estou muito feliz com aquilo que a equipa foi capaz de fazer. Com todas as contrariedades que possamos ter, a equipa deu uma resposta fantástica e eu saio daqui com a consciência muito tranquila e com toda a certeza de que iremos ser muito fortes ao longo destes próximos meses e de que se não ganhámos hoje esta Taça da Liga é porque algo melhor está guardado para nós.
Foi também devido às lesões que o Sporting falhou?
Não, não posso dizer isso. Eu não me queixo. Queria ter toda a gente, como é lógico, mas acima de tudo olho para a equipa e vejo que foi competente, competitiva e intensa. Fez um grande jogo. Foi um penálti, o futebol é isto. O guarda-redes do adversário foi mais competente nesse momento. Mas a equipa deu uma grande resposta.
A saída do João Simões deveu-se a cansaço? E a entrada do Debast significa que no futuro pode vir a ser opção naquela posição?
Foi uma opção de recurso, é certo, porque ele nos últimos quatro anos foi defesa-central, isto apesar de ter feito toda a sua formação como número 10. Mas a posição não é descabida para ele. Não tivemos muito tempo para treinar, mas ele entrou muito bem. O [João] Simões já estava desgastado, mas fez um belíssimo jogo, uma maturidade incrível para um jovem de 18 anos. Não podia pedir mais à equipa. Mesmo com todas as contrariedades que possam existir, a equipa foi competente e no computo geral até fomos melhores que o adversário. Eles foram mais felizes nas grandes penalidades, apenas e só.
O que pretendia com o posicionamento dos médios?
Explorar alguns espaços que o Benfica dava nas marcações e procurar situações no último terço. Saímos várias vezes com muita qualidade, a equipa quis sempre atacar a linha defensiva do Benfica. E isso diz-me que a equipa fez uma boa leitura e que teve uma capacidade enorme de perceber o jogo e que está dentro do que pedimos e idealizámos.
Que impacto é que esta derrota pode ter na equipa do Sporting? Não viu os penáltis?
Não vi mesmo, às vezes são pancadas dos treinadores [risos]. Não vi os nossos, do Benfica vi alguns. Já não tinha visto o do Viktor [Gyokeres] no jogo e mantive a consistência, apenas isso. Em relação ao impacto, tem de ser de uma noite. Descansar e pensar que no próximo fim de semana vamos ter um jogo difícil, fora de casa, mas que se tivermos a mesma atitude, a mesma competitividade e entrega, o futuro será risonho. Sou muito positivo no meu caminho, no que penso. Acredito muito que as
Trincão pareceu estrar inconsolável. Falou com ele?
Foi ele como podia ser outro. Já deu muito ao Sporting e à equipa. Tem de levantar a cabeça e seguir o caminho. Quando as coisas não correm quando queremos, há que saber geri-las e seguir o caminho. Estou feliz com o que ele tem dado.
Falou várias vezes sobre a esperança no que está por vir. É uma crença total na conquista do título nacional?
Claramente que sim. A crença é enorme. Se continuarmos assim, com esta parte competitiva, entrega e ambição, o futuro será risonho. E eles querem muito ser bicampeões. Demonstraram a mentalidade que temos enquanto equipa.
Sentiu que o jogo poderia ter sido diferente se pudesse contar com os jogadores que estão lesionados?
É subjetivo. Claro que queria ter toda a gente disponível, mas não tinha. Se era diferente ou não, é subjetivo. Temos é de arranjar soluções.