Sporting está bastante ativo na janela de transferências, Benfica a movimentar-se na sombra e FC Porto à espera de vender para comprar. Idas as compras podem ser decisivas nas contas do título nacional
1 Está aberta a janela de transferências de inverno, um período, tal como acontece no verão, que deixa os adeptos dos clubes expectantes de verem caras novas a reforçar os seus clubes, acrescentando qualidade aos plantéis. Com a luta titânica que se verifica no topo da classificação, com o FC Porto a ter hoje, na Choupana, uma grande oportunidade para se distanciar dos rivais de Lisboa e assumir a liderança isolada sem ser à condição, a pergunta que se coloca neste momento é saber até que ponto as mexidas que se perspetivam nos três grandes vão ter peso decisivo na conquista da presente edição da Liga portuguesa.
Mas vamos por partes: o Sporting assumiu a dianteira nessa matéria, ao colocar-se em campo por um novo guarda-redes, recaindo a escolha no português Rui Silva, do Bétis de Sevilha, tendo em conta que a confiança dos responsáveis leoninos em Franco Israel e Kovacevic tem vindo a baixar consideravelmente nos últimos encontros. Mas o campeão nacional não se deve ficar por aqui e, tendo em conta a mudança de paradigma tático instalado após a chegada de Rui Borges, que fez cair o 3x4x3 implementado por Ruben Amorim durante o seu reinado, faz com que o Sporting necessite de pelo menos um lateral-direito, sendo que neste particular a opção prioritária passa pelo vitoriano Alberto Costa. Mas abre-se também uma janela de oportunidade para a aquisição de um defesa-esquerdo, por forma a que a defesa a quatro seja cada vez mais uma realidade. Poderão ainda os leões terem mais alguma contratação em mente, até porque na zona intermédia os médios não abundam.
Italianos entram na corrida pelo lateral-direito e têm preparada proposta de 12 milhões de euros mais 2 milhões por objetivos, igual à do Brighton. Porém, ao contrário do projeto inglês, o italiano também agrada ao jogador, como continua a gradar o leonino: em ambos os clubes pode lutar por títulos e jogar Liga dos Campeões
2 No que concerne ao Benfica, salta claramente à vista desarmada a ausência de um homem-golo, lacuna que Di María tem colmatado a partir do corredor para o eixo central, mas Bruno Lage tem perfeita noção de que o grego Pavlidis e o brasileiro Arthur Cabral estão aquém das expectativas para um clube com a dimensão das águias e que necessita sempre de um avançado que materialize em golos o caudal ofensivo que a equipa apresenta. Clayton, do Rio Ave, tem sido um nome apontado à esfera benfiquista, um jogador já adaptado à realidade do futebol português, depois de provas dadas no Casa Pia e agora em Vila do Conde. Um goleador cujo perfil é em tudo idêntico a Carlos Vinícius, que num passado recente também trocou os Arcos pelo Estádio da Luz. A posição de lateral-direito também parece que necessita de ser colmatada pelo emblema encarnado.
Roland Virkus elogia o lateral/extremo, mas esclarece que não existem contatos com o Benfica
3 Com menos recursos financeiros, o FC Porto só avançará para contratações mediante vendas. Poderá estar iminente a saída do plantel de Wendell, que tem tido uma postura pouco profissional ao longo da temporada. Uma das grandes pechas na equipa de Vítor Bruno são mesmo as alas. Não existe um extremo capaz de causar desequilíbrio em profundidade pelo lado direito e Galeno tem, por força das circunstâncias, sido adaptado a lateral-esquerdo, onde rende claramente menos do que no seu habitat natural. André Villas-Boas não descarta uma ida ao mercado, mas o dinheiro não abunda no Dragão e terá de ser uma operação muito cirúrgica...
PSG prepara a primeira 'bomba' do mercado de inverno com a contratação do criativo georgiano