Plantel do Sporting quer dar 'prenda' a Amorim

NACIONAL09.11.202408:45

Jogadores com uma motivação extra para Braga

Rúben Amorim tem marcada para este domingo, às 18h45, em Braga, a despedida do banco leonino e mais uma prova de fogo às suas capacidades antes de se apresentar em Manchester, no dia seguinte, para representar o United.

E se após a retumbante vitória no encontro da última terça-feira, diante do Manchester City (4-1), sucederam-se as mensagens elogiosas por parte de jogadores para com as qualidades do treinador, agora, tendo em vista o encontro na Cidade dos Arcebispos, os futebolistas verdes e brancos querem oferecer a Amorim mais uma vitória na Liga, naquela que será a 11.ª consecutiva e pode igualar o melhor registo de arranque de sempre dos leões, que se registou em 1990/91. Claro que os atletas, em primeira instância, querem vencer por eles próprios, no sentido de manterem a liderança na Liga e, quiçá, alargá-la no dia em que Benfica e FC Porto se defrontam e até os dois podem perder pontos, mas no plantel, pelos dados apurados por A BOLA, há esse fator de motivação extra para uma despedida em beleza do treinador que se apresentou em Alvalade em março de 2020.

O técnico já tinha referido que o período no Sporting foi o «melhor da sua vida» e, esta sexta-feira voltou a referir que vai ter saudades do tempo passado em Alvalade. De manhã, entrou em direto no programa da Rádio Renascença e escolheu, para surpresa das apresentadoras, a música A Minha Casinha, dos Xutos e Pontapés, para definir o seu adeus a Alvalade. «Obrigado pelas vossas sugestões e pela vossa ajuda para que eu possa ir mais feliz do nosso País. Acho que vou ter muitas saudades disto, portanto acho que se encaixa bem na partida», disse.

E na hora de receber o prémio de melhor treinador do meses de setembro e outubro também não poupou na emoção. «É bom sinal receber este prémio, quer dizer que os jogadores estiveram bem e que ganhámos os jogos. Sei que a concorrência é grande, porque há equipas a ganhar muitos jogos e a jogar muito bem. Mas estou muito feliz por despedir-me com mais um prémio», sublinhou.

Rúben Amorim volta a Braga, clube onde se mostrou no patamar mais alto do futebol nacional e começou o percurso que levou o Sporting a pagar os €10M da sua cláusula de rescisão. A estreia de leão ao peito foi diante do Aves (2-0).

De então para cá, já são 230 jogos no banco — o segundo na história leonina, apenas superado por Joseph Szabo — com um saldo de 163 vitórias, 34 empates e 33 derrotas, o que lhe confere uma percentagem de triunfos de 70,9 por cento, número também só suplantado pelo luso-húngaro (290) que orientou os leões nas décadas de 40 e 50.

Em termos de títulos, duas Ligas, duas taças da Liga e uma Supertaça Cândido de Oliveira, num currículo de treinador dos verdes e brancos que há muito não era visto em Alvalade. E se os leões conseguiram o bicampeonato que lhes foge há 70 anos, alcançará Szabo e Randolph Galloway como técnicos que venceram três campeonatos pela turma de Alvalade.

Voltando a Braga, foi aí que, curiosamente, iniciou uma relação de amizade forte com o diretor desportivo dos leões, Hugo Viana, pois foram companheiros de equipa na temporadas 2011/2012 e 2012/2013, numa altura em que estava no Minho em regime de empréstimo do... Benfica.

Agora vão os dois para Manchester — Amorim já para o United, Viana no final da época para o City. E foi a vitória por 4-1 sobre os citizens que levantou uma onda de entusiasmo na Velha Albion. Esta segunda-feira é o primeiro dia do resto da vida de Amorim e quer partir embalado por mais uma vitória e uma onda de... elogios.