Pinto da Costa sobre Vieira: «Disse-lhe que se estivesse inocente que não estivesse preocupado»
Presidente do FC Porto revelou que falou com o antigo presidente do Benfica sobre as acusações de que é alvo
Em entrevista à RTP, Pinto da Costa falou sobre o processo do Apito Dourado, revelando que não estava minimamente preocupado, por saber que era inocente:
«Para mim não foi difícil, porque soube sempre que não tinha pernas para andar. Sabia como aquilo tinha nascido, como tinha sido criado e tinha a certeza de que tudo aquilo que diziam não podia dar nada, como não deu. Para ser detido basta eles querem, agora eu tinha a certeza de que não podia haver nenhuma razão, porque aquilo foi tudo montado, eu não tinha dúvida.»
Questionado se falou com Luís Filipe Vieira, após ter saído do cargo de presidente do Benfica, o próprio afirmou que sim, que é alguém com quem continua a considerar um amigo e ainda revelou o que lhe disse perante o processo de que foi alvo, relembrando o apito dourado: «Tinha boas relações com ele, sim. Continuo a dar-me com ele, ainda agora no Natal deu-me as boas festas e retribuí. Na altura das acusações não falei com ele sobre porque era proibido, mas mais tarde falei. Disse-lhe que tinha de aguentar para ter paciência e que se tivesse inocente que não tivesse preocupado. Até lhe falei do apito dourado, se tens a consciência tranquilo como eu espero… agora se meteu o pé na argola, olha, que aguente.»
O presidente do FC Porto ainda recordou a relação de amizade e de profissionalismo que tinha com Fernando Martins, antigo presidente dos encarnados: «Nós fazíamos tudo juntos, jogadores, aquisições, se um estava interessado neste avisava o outro para não se meter e vice-versa. Criei com ele uma amizade enorme e fez com que os nossos clubes se aproximassem.»
Pinto da Costa ainda revelou que já terminou o livro que estava a escrever sobre o tempo que esteve nos dragões, mas explica que só o vai publicar depois de sair do cargo: «Estou a fazer e já tenho feito, mas só vou publicá-lo depois de deixar de ser presidente do FC Porto, seja daqui a um mês ou um ano, mas só depois. Porque sei que vai ter um grande impacto e eu não quero ser nada no FC Porto, a não ser sócio, quando aquilo sair. Não é a minha verdade, é a verdade, a deles já foi provado que era mentira, que não conseguiram provar em tribunal e culpar me de alguma coisa.»