Pinto da Costa: «A primeira grande sensação foi a vitória da Liga dos Campeões em 1987»
Presidente do FC Porto recorda o momento em que o clube se sagrou campeão europeu, frente ao Bayern
O Pinto da Costa foi desafiado a escolher alguns dos momentos mais importantes da sua carreira como presidente do FC Porto, em entrevista à RTP (para o programa Primeira Pessoa), e escolheu dois momentos positivos, um deles a vitória do clube na Liga dos Campeões, em 1987:
«A primeira grande sensação foi a vitória da Liga dos Campeões, em 1987, contra o Bayern (2-1). Eu no meu programa eleitoral tinha dito que o porto tinha de estar numa final europeia e o Pimentel, que fez o programa comigo, dizia-me: não ponhas isto que é impossível. E eu disse que era impossível se não acreditares, vamos fazer uma equipa para o tornar possível e em 1984 estávamos numa final europeia, em Basileia, que perdemos, bem gamadinhos, e no final eles fizeram a festa e eu disse: isto é o intervalo. Agora temos de ganhar uma.»
O segundo momento muito especial para ele foi a inauguração do Estádio do Dragão: «Foi um momento fantástico pela forma como foi conduzida o processo. Se me dissesse assim os dois momentos mais felizes dos 40 anos seriam esses dois, naturalmente que tenho muitos.»
Por fim, o próprio ainda falou sobre os momentos mais tristes, contando uma história do último jogo de Pedroto, numa altura em que ainda se sentava no banco de suplentes: «Foi um jogo em Penafiel, em que sabia que o Pedroto tinha um cancro e queria ganhar esse jogo, porque não queria que o último jogo dele não fosse uma vitória. Eu estava nervoso, estava zero a zero, e no minuto final marcámos um golo e ele disse-me: calma, parece que fomos campeões. Esse jogo, pelo significado que teve, foi dos momentos mais difíceis e eu sabia que era a última vez que estávamos sentados no banco juntos. A perda do Reinaldo, a perda do Rui Filipe, o Pôncio Monteiro… as derrotas sabemos que a seguir vem uma vitória, perdemos, mas podemo-nos levantar. Agora perder pessoas… isso são derrotas que sabemos que não tem volta a dar.»