Do Mundial de motociclismo para uma caminhada de 7.500 km descalço: a nova vida de Axel Pons

Do Mundial de motociclismo para uma caminhada de 7.500 km descalço: a nova vida de Axel Pons

A incrível história do filho de uma lenda do motociclismo espanhol

Se é fã de motas e acompanha o campeonato mundial de Moto GP, provavelmente lembrar-se-á de Axel Pons. Hoje com 33 anos, o espanhol, nascido em Barcelona, esteve 10 anos no paddock, primeiro nas 125cc (Aprilia), dando depois o salto para o Moto 2, onde esteve entre 2010 e 2017 ao serviço da equipa Kalex.

Axel Pons durante uma corrida de Moto 2

Pons é filho de Sito Pons, antigo bicampeão mundial de 250cc e vencedor de 15 Grandes Prémios, nunca chegou à categoria rainha – Moto GP -, muito menos venceu corridas, chegou ao pódio ou conseguiu uma pole position, e é agora notícia pela radical mudança de vida que quis tomar. Cansado da exigência de ser piloto de alta competição, Pons trocou as pistas por uma carreira na área da moda, depois refugiou-se na Índia para ‘enterrar’ definitivamente a carreira de piloto e mais recentemente optou por uma vida de conexão espiritual e bem-estar, tendo sido descoberto, quase irreconhecível, de longas barbas e mochila às costas, no Paquistão.

Passou a pandemia de Covid-19 numa ilha nas Filipinas, não se coibiu de se mostrar fervoroso apoiante da anti-vacinação contra a doença, e, já mais recentemente, iniciou uma jornada pessoal e sempre a caminhar descalço. Partiu de Espanha e chegou ao Paquistão em 15 meses, passando por 10 países no périplo, até que habitantes locais o reconheceram e, numa reportagem do Pakistan Tourism, o antigo motociclista explicou o que o levou a adotar este modo de vida longe do ‘stress’ da cidade.

«Vivi uma vida muito rápida nas corridas. Qual era o sentido de andar a um ritmo tão acelerado? Comecei a viver cada vez mais devagar, com calma, até que comecei a viajar pelo Mundo inteiro e a apreciar as pequenas coisas da vida», explicou, dizendo, no mesmo vídeo, que agora se intitula como Isaac e «pertence a Alá», quando questionado sobre a sua proveniência.