Peseiro: «Fizemos um excelente torneio»

Treinador português da Nigéria mostrou-se orgulhoso dos seus jogadores após a derrota na final do CAN com a Costa do Marfim

Depois de todas as emoções, José Peseiro, selecionador da Nigéria, expressou o que lhe ia na alma após nova final perdida, agora a do CAN. Em conferência de imprensa em Abidjan, o treinador português mostrou-se orgulhoso dos seus jogadores, considerando, mesmo, que tiveram «um excelente» desempenho no torneio que terminou este domingo com a consagração da Costa do Marfim como campeã de África.

«Normalmente, as equipas que jogam diante do seu público sentem uma certa pressão, que pode ser negativa, mas nesta final vimos exactamente o contrário, a pressão dos adeptos impulsionou a sua equipa e deixou os meus jogadores nervosos, o que explica a quantidade de bolas perdidas na defesa. Mas felicito os meus jogadores porque, com eles, fizemos um excelente torneio. Chegamos à final, não é uma tarefa fácil», começou por dizer José Peseiro, antes de explicar o que correu mal.

11 fevereiro 2024, 22:00

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«Jogámos desde o início deste torneio com este sistema e os jogadores estavam confortáveis ​​com ele. Acredito que a nossa estratégia valeu a pena até a Costa do Marfim empatar. Depois, acho que eles foram melhores do que nós e marcaram o segundo golo. Porém, depois deste segundo golo, e com as alterações efetuadas, mudámos a nossa forma de jogar, o que nos permitiu empurrar e pressionar alto o adversário. Eles foram forçados a recuar e o jogo equilibrou-se. Infelizmente não foi fácil para nós voltar a marcar, os marfinenses estavam bem lá atrás e defenderam bem a vantagem. Pena termos sofrido os golos por erros defensivos», explicou o selecionador da Nigéria, aceitando que a pressão acabou por dominar a sua equipa.

«Ao contrário do primeiro tempo em que jogámos de forma inteligente e conseguimos liderar, no segundo perdemos muitas bolas na defesa e no meio-campo. Os meus jogadores queriam estar bem, mas senti que não estavam totalmente confiantes nesta final. E quando se perde muitas bolas atrás, sob o efeito da pressão exercida pelos adversários, é mais provável que se cometam erros e foi isso que aconteceu connosco», concluiu, de rosto sempre sério, José Peseiro.