Pavlidis: «O Benfica é o Benfica... se te chama não podes dizer que não»
Pavlidis é reforço do Benfica para 2024/25 (SL Benfica)

Pavlidis: «O Benfica é o Benfica... se te chama não podes dizer que não»

NACIONAL01.07.202417:24

Avançado grego explica a mudança para Portugal e afirma que está entusiasmado por representar um clube «enorme»; revela que conhece pessoalmente Roger Schmidt, um treinador por quem tem um grande apreço

Pavlidis foi oficializado, esta segunda-feira, como reforço do Benfica e, em entrevista à BTV, o avançado grego já explicou as razões que o levaram a concretizar esta mudança para Portugal.

- O que conhece do novo clube?

- Sei que é um dos maiores clubes do mundo e sei que é enorme. Sei que tem muitos adeptos que amam o clube.

- É o oitavo jogador grego a atuar no Benfica e sabe que há boas memórias para os adeptos. Tem conhecimento de alguns dos jogadores gregos que representaram o Benfica?

- Sim, claro, sei de alguns dos que jogaram aqui – e também conheço pessoalmente alguns deles – como Samaris, Odysseas [Vlachodimos], Katsouranis, Karagounis, Fyssas, Mitroglou... Talvez haja mais, mas não me estou a recordar.

- Nas épocas mais recentes mostrou-nos o melhor Pavlidis. Sente que este é o momento perfeito para aceitar esta mudança na sua vida?

- Eu tive bons anos nos Países Baixos, queria dar o próximo passo e julgo que para a minha carreira o melhor passo seria vir para o Benfica. Foi por isso: jogar num clube grande, mostrar o melhor de mim, melhorar como jogador e em termos pessoais. O Benfica é o melhor clube para a minha carreira se desenvolver. Como jogador e também em termos pessoais, ao nível da personalidade.

- Quais foram as principais razões que o levaram a assinar e a decidir-se pelo Benfica?

- O Benfica é o Benfica! Se o Benfica te chama, não podes dizer que não. Quando ouvi que o Benfica tinha interesse em mim, senti logo o entusiasmo de poder representar este grande clube, de poder jogar neste estádio incrível e diante dos muitos adeptos que o clube tem. É um prazer ser o próximo grego a jogar aqui.

- Deixou o seu país natal, a Grécia, muito novo, para jogar na Alemanha. Depois, esteve nos Países Baixos. Estas experiências de vida podem ajudá-lo nesta nova aventura em Portugal?

- Sim, deixei a minha casa quando tinha 16 anos. Experimentei um caminho difícil e aprendi muito na Alemanha e nos Países Baixos. Agora tenho bastante experiência, porque jogo futebol profissional há seis ou sete anos, treinando com bons jogadores, bons treinadores, por isso é o momento certo para dar o próximo passo na minha carreira. Espero que o que aprendi nos últimos seis ou sete anos nos Países Baixos e na Alemanha me ajude a provar a todos que posso jogar a esse nível.

- Jogou contra o PSV, na altura treinado por Roger Schmidt, em quatro ocasiões. Conhece as ideias do treinador. Esse fator foi importante na decisão de ingressar no Benfica?

- Sim, conhecia o treinador, porque joguei contra ele e foi sempre um prazer jogar contra ele porque eram sempre bons jogos. É realmente importante porque o conheço pessoalmente, porque joguei contra a equipa dele e agora estou entusiasmado porque vou ser treinado por ele. Sei que é um treinador que quer que joguemos futebol, que marquemos golos, que pratiquemos um futebol realmente atrativo e ofensivo, que tenhamos um jogo posicional forte e que pressionemos alto. Esse é um aspeto muito importante para o meu jogo, é por isso que adoro jogar e é por isso que estou aqui.

- Já jogou em diferentes sistemas táticos. O que pode trazer e acrescentar ao Benfica?

- Sim, joguei inclusivamente em diferentes posições ao longo dos últimos anos. A número 9, a número 10, a extremo-esquerdo, mas, sim, a minha posição agora é a de número 9 e julgo que é por isso que as pessoas do Benfica me escolheram. Espero poder ajudar a equipa com a minha capacidade de pressão e com a paixão que todos os jogadores gregos têm. E, claro, a posição de número 9 é realmente importante, e o mais importante a fazer é marcar golos e assistir os colegas de equipa. Adorava fazê-lo. Fazer o melhor pela equipa e, claro, marcar golos.

- Talvez em Portugal os sistemas defensivos sejam um pouco mais conservadores do que nos Países Baixos. Como vai adaptar-se rapidamente a esta nova realidade?

- É realmente importante que, desde o meu primeiro dia quando a equipa se juntar na pré-época, eu tenha o meu tempo para compreender a tática e o treinador, o que ele quer de mim... adorava adaptar-me o mais rapidamente possível. Por vezes leva dias, por vezes leva meses, mas adorava dar o meu melhor. E vou mesmo dar o meu melhor para me adaptar o mais rapidamente possível, porque estou aqui para alcançar, quer em termos coletivos, quer pessoais, os nossos objetivos.

- Os adeptos do Benfica são muito apaixonados. Além disso, este é um dos maiores clubes do mundo. De que forma a paixão e o apoio dos adeptos podem ajudá-lo?

- Sim, a paixão é muito importante no futebol. Se jogas futebol, tens de ter paixão no que fazes. Se não tiveres paixão, não vais conseguir atingir objetivos. E penso que esse é o poder do Benfica. É um grande clube, e sem os adeptos não pode haver um grande clube, e isso mostra o quão grande o Benfica é. Sem os adeptos não é possível garantir conquistas. Espero que eles nos ajudem na próxima época. Sei que o estádio está sempre cheio, e há sempre a expetativa de somarmos vitórias em todos os jogos, em casa e fora. É uma grande pressão, mas uma pressão bonita que o futebol dá para te fazer melhorar e para seres a melhor versão de ti mesmo.

- Na temporada passada foi o melhor marcador da Eredivisie. Isso dá-lhe estatuto, mas também responsabilidade. Como lida com isso?

- Um ponta de lança quer sempre marcar golos. Há que procurar o momento certo e a equipa certa para o fazer. Acho que tenho essa capacidade, vou dar o meu melhor. Há a pressão de ser um número 9 no Benfica e de ter de marcar golos, mas esse é normalmente o trabalho de um ponta de lança. Vou dar o meu melhor para alcançar os objetivos. Claro que o último ano é o último ano e agora estou a começar num novo clube, num novo país. Vou dar o meu melhor para continuar como acabei a última temporada.

- Vai jogar a Liga dos Campeões pelo Benfica nesta época. Este é um fator importante na carreira de um jogador...

- Claro, o Benfica é um clube que todos os anos joga a Liga dos Campeões, ou, no mínimo, a Liga Europa. É um aspeto importante para mim e para a minha carreira. Se és um jogador de 15 anos, sonhas jogar perante 65 mil pessoas numa noite de Liga dos Campeões. É um sonho e o futebol é um sonho para mim. Estar aqui também é um sonho para mim.

- Qual é o seu principal propósito ou objetivo, agora que assinou pelo Benfica?

- Sinto diretamente o quanto as pessoas gostam do Benfica e eu quero, no mínimo, fazer as pessoas felizes, fazer os adeptos do Benfica felizes. E, claro, ganhar todos os fins de semana. Esse é o meu objetivo. Espero que tudo corra bem e que conquistemos boas coisas juntos. Que conquistemos troféus, juntos.

- Quando ouve Benfica, que palavras lhe vêm imediatamente à cabeça?

- Liga dos Campeões e troféus. São palavras que ligam bem com o Benfica.