De Rúben Amorim a Pavlidis, tudo o que disse o treinador do Benfica

NACIONAL14:39

Brun Lage fez a antevisão da partida com o Farense

— Que dificuldades espera para o Benfica em Faro?

Farense é adversário que tem crescido, mesmo antes do Tozé Marreco. Vi o jogo fora com o FC Porto, foi boa prestação, nos últimos jogos também tiveram boas prestações. E há a dificuldade de competir de dois em dois dias [Benfica jogou quarta-feira, pelo que serão três dias no momento do jogo com o Farense, deste sábado]. Perspetivamos um jogo difícil, com a ambição de sempre, para nós será uma final, queremos conquistar os três pontos.

— Saída de Rúben Amorim para o Manchester United já é oficial. Qual a sua opinião?

— O tema do dia para nós é o Sporting... Farense, é aquilo com que temos de nos preocupar, com o nosso jogo. Queremos continuar a ser fortes e a evoluir como temos evoluído. Isso é que é o nosso assunto do dia.

— Poderão regressar à equipa habituais titulares como Kokçu, Di María ou Pavlidis, mesmo atendendo a que a seguir ao Farense haverá Bayern e FC Porto?

— O mais importante é o trabalho com a equipa, não apenas com 11 jogadores. É um facto que uns têm jogado mais do que outros, mas quem tem jogado menos também tem treinado e tem percebido as nossas ideias. É perceber neste momento quem está melhor para o onze. Temos a felicidade de trabalhar com grandes jogadores, percebem facilmente as nossas ideias, depois é procurar a melhor dinâmica para cada jogo.

Pavlidis voltou aos golos, mas quando jogava com Arthur Cabral. Poderá abrir essa possibilidade de jogar com Pavlidis e outro avançado?

— É uma questão interessante, mas o importante é ele estar preparado. O que foi visível foram os golos, mas depois há a minha análise. Pavlidis tem feito o trabalho muito bom, a falta de golos é mera infelicidade em alguns momentos. Marcou contra o Boavista, depois bisou pela seleção, no último jogo marcou mais dois. Temos trabalhado muito na forma como chegamos ao último terço, como cruzamos, como encontramos o ponta-de-lança. Há um ou outro detalhe a afinar. Mas é importante percebermos que podem funcionar os dois em conjunto [Pavlidis e Arthur Cabral].

Rollheiser tem estado de fora, que plano tem para ele?

— Só podemos escolher onze e meter cinco, gostamos muito das prestações dele, mas tem de continuar a trabalhar e esperar nova oportunidade, pode surgir amanhã ou no dia seguinte. Temos um plantel vasto, várias soluções nas várias posições, os jogadores têm de continuar a trabalhar para terem oportunidades. Serve para Rollheiser e para os outros, Schjelderup raramente jogou, agora tem entrado, a mesma situação com Beste, já Florentino não jogou os últimos três jogos. O plano não é para alguém em particular, é para a equipa.

— Está cumprir dois meses na liderança técnica do Benfica, como classificaria o seu trabalho?

— A jogar de três em três dias e a preparar jogos, nem temos tempo de olhar para trás. O que é importante neste momento é perceber o que temos de continuar fazer no futuro, preparar a equipa da melhor maneira, torná-la mais forte, fazê-la evoluir, trabalhar detalhes que a podem tornar mais forte, ganhar mais jogos e marcar mais golos. Ao invés de olhar para o que fizemos em dois meses, é olhar para o futuro.

— Depois do Farense, o jogo seguinte para a Liga é o FC Porto, este jogo com o Farense ganha importância redobrada?

— O próximo jogo não é com o FC Porto, é com o Farense, é preciso isso estar bem vincado, que o jogo é com o Farense e que o assunto do momento é o Farense.