Equipa alentejana esbateu diferenças e conseguiu equilibrar o jogo em vários momentos; experiência e 'rodagem' dos gilistas foi decisiva, com Murilo a jogar e Fujimoto a decidir
A figura: Murilo (7)
Sim, foi a lucidez e furtividade de Fujimoto a decidir o jogo, num canto cobrado, precisamente, por Murilo Souza do lado esquerdo do ataque da equipa de Barcelos, mas foi o camisola 7 brasileiro o principal motor do ataque gilista, a verticalizar e a distribuir jogo, e a acelerá-lo no meio campo do Serpa, procurando driblar o piso sintético, que também foi adversário dos galos.
Destaques do Serpa
A equipa orientada por Mauro Santos apresentou-se num esquema com três unidades no eixo, fazendo uma linha de cinco homens para conter a equipa gilista no seu terço defensivo. Titinho, entre os postes, estava à espera de tarde de muito mais trabalho, como confessou no final da partida. Sem hipóteses no golo, foi quase mero espectador na segunda parte, limitando-se a segurar um livre... aos 90+5’. O que foi sinal da segurança que lhe deram as unidades à sua frente, em particular Gonçalo Serrão, que com a braçadeira de capitão foi a voz de comando lá atrás. Importante foi também o trabalho no miolo desenvolvido por Candé e José Miranda, bem como os repelões de Vítor Cantara pela ala direita, a procurar servir a facilidade de remate de Santana, que ameaçou a baliza em várias ocasiões. A entrada de Gonçalo Batista no segundo tempo surtiu efeitos imediatos (grande remate aos 78’), num jogo em que as bolas paradas foram um ai Jesus para os gilistas.
As notas dos jogadores do Serpa: Titinho (6), Diogo Marques (5), Simionato (5), Gonçalo Serrão (6), Daniel Aleixo (5), Bruno Kajé (5), Vítor Cantara (6), José Miranda (6), Candé (6), José Ganhão (5), Santana (6), Emmanuel Eze (5), Gonçalo Batista (6), Blessed Teixeira (5) e Diogo Alves (5).
Fujimoto voltou a decidir eliminatória da Taça de Portugal para os gilistas; Serpa deixou-se ‘dormir’ num lance de bola parada, mas fez por merecer o prolongamento
Destaques do Gil Vicente
Vítor Campelos aproveitou o jogo para dar minutos a menos utilizados. Começou logo na baliza, onde surgiu Brian Araújo, na que foi a estreia esta temporada. E com muito mais trabalho do que estaria à espera, além de ter visto a bola rondar com perigo a sua área em elevado número de ocasiões. Thomás Luciano foi outra das novidades, carregando jogo pelo lado direito, e no miolo surgiu o costa-riquenho Roan Wilson, titular pela terceira vez esta época e a deixar sinais positivos ao lado de Martim Neto, que procurou combinações à esquerda do ataque. Fujimoto, fundamental na equipa gilista, voltou a ser decisivo nesta edição da prova rainha (já tinha decidido a eliminatória anterior, marcando o único golo do triunfo sobre o Belenenses), e na frente de ataque (não) houve Baturina, que passou completamente ao lado do jogo. Entre os que entraram com o decorrer da partida destacou-se Tidjany Touré, que procurou agitar a monotonia em que tinha mergulhado o ataque gilista.
As notas dos jogadores do Gil Vicente: Brian Araújo (6), Thomás Luciano (6), Né Lopes (6), Felipe Silva (6), Kiko Pereira (5), Martim Neto (6), Roan Wilson (6), Félix Correia (5), Fujimoto (7), Murilo (7), Baturina (3), Miguel Monteiro (5), Tidjany Touré (6), Zé Carlos (5) e Marlon (6).