Os destaques do SC Braga: No meio da Bruma viu-se um guerreiro no Bernabéu
Rodrygo prefere jogar nas alas (Foto: IMAGO)
Foto: IMAGO

Os destaques do SC Braga: No meio da Bruma viu-se um guerreiro no Bernabéu

NACIONAL08.11.202323:07

Extremo foi sempre a unidade mais desestabilizadora para a defesa merengue; José Fonte e João Moutinho mostraram que a experiência ainda é um posto; Matheus ainda evitou mais golos...

Melhor do SC Braga -- Bruma (6)

Parece um jogador francamente talhado para brilhar na Liga dos Campeões. Foi assim com o Nápoles, Union Berlim e agora com o Real Madrid, num palco mítico como é o Santiago Bernabéu. O extremo foi sempre a unidade mais dinâmica em campo, procurando na primeira parte colocar em constante alvoroço a defensiva dos merengues. Teve um lance em que foi claramente derrubado na área — já depois do penálti falhado por Álvaro Djaló —, mas mesmo depois disso quis sempre contrariar o favoritismo do colosso europeu. Tivesse tido o devido acompanhamento de outros colegas de equipa e certamente o SC Braga não teria sido vergado a um 3-0!

MATHEUS (6) — Noite inglória para o guarda-redes, que encaixou três golos, mas ainda evitou alguns mais. O brasileiro não foi culpado em nenhum e ainda impediu que o SC Braga viajasse para Portugal como o ‘saco’ cheio.

VÍCTOR GOMÉZ (4) — Tinha a tarefa mais difícil do encontro, impedir que Vinicíus Júnior desse espectáculo. Mas não conseguiu travar a estrela da companhia, que pura e simplesmente o deixou atordoado com tanta finta e imensa velocidade à mistura. 

JOSÉ FONTE (6) — Tudo apontava para que fosse Serdar a jogar ao lado de Niakaté, mas a escolha recaiu pelo experiente central, que se exibiu num excelente nível, fazendo cortes providenciais sempre que o Real Madrid acelerava o ritmo do seu jogo.

NIAKATÉ (6) — Começou o jogo algo nervoso, talvez pela imponência do estádio, e cometeu um erro que quase custou um golo. Depois melhorou significativamente e em nenhum dos golos sofridos se pode imputar-lhe culpas diretas. 

BORJA (6) — Começou por ser protagonista na partida, ao ser derrubado de forma irregular na área do Real Madrid por Lucas Vázquéz. Ganhou confiança e tentou, sempre que possível, novas investidas pelo corredor canhoto. Na reta final do encontro ainda fez um cruzamento primoroso para a área do Real Madrid, que Abel Ruiz cabeceou com conta peso e medida, mas o guarda-redes dos merengues impossibilitou que o SC Braga reduzisse o marcador. 

VÍTOR CARVALHO (5) — Apanhado desprevenido no 1-0, com Rodrygo a surgir-lhe nas costas, o brasileiro jogou, por assim dizer, numa missão de sacrifício, sem posição definida no terreno, ora como terceiro médio, ora como ajudante dos centrais e também auxiliar de Víctor Gómez nos terrenos onde surgiu o sempre imprevisível Vinícius Júnior.

JOÃO MOUTINHO (6) — A prova de que a experiência é um posto. Foi a surpresa guardada por Artur Jorge para este encontro, pois trata-se de um jogador habituado a grandes palcos e que nunca treme em ambientes adversos. Evidenciou enorme serenidade no meio-campo, procurando pautar o ritmo de jogo para quebrar o ímpeto do Real Madrid. Fez muitos passes para os companheiros e sempre na direção certa.

ZALAZAR (4) — Seguramente a exibição menos assertiva do uruguaio nos últimos tempos pelo SC Braga. Andou meio perdido no encontro e jogou sempre de forma precipitada. 

 RICARDO HORTA (4) — As coisas não correram de feição ao capitão arsenalista. Muitos passes falhados, que impediram um desempenhado melhor em prol do coletivo como é seu apanágio. Há dias assim. E já agora, por que razão não foi o marcador do penálti que podia ter mudo o rumo do encontro?

ÁLVARO DJALÓ (5) — Penalizado claramente por ter falhado da marca dos 11 metros e impedido o SC_Braga de ficar bem cedo na frente do marcador. Tremeu perante o ambiente das bancadas... Ainda na primeira parte, teve uma enorme arrancada, mas foi travado por Rudiger. Depois, ainda teve uns fogachos no decorrer da partida.

AL MUSRATI (5) — Entrou para dar mais serenidade a um meio-campo que estava em alvoroço. Num ritmo baixo conseguiu os seus intentos e ainda teve um remate à figura de Lunin.  Foi também uma enorme surpresa o facto de ter iniciado a partida no banco de suplentes.

ABEL RUIZ (5) — Funcionou como referência atacante, já que a equipa começou sem ponta de lança. Ainda teve um bom golpe de cabeça, mas saiu à figura do guarda-redes contrário. 

BANZA (-) — Esperava-se que fosse titular, tanto mais que estava confiante com os três golos marcados ao Portimonense. Mas a verdade é que só foi chamado quando o resultado estava feito. 

ANDRÉ HORTA (-) — Sem grande tempo para acrescentar muito ao meio-campo do conjunto arsenalista. 

JOE MENDES (-)  — Já com Víctor Gómez esgotado fisicamente, entrou apenas para cumprir os serviços mínimos.