6 novembro 2024, 19:45
Nehuén Pérez: «Seleção da Argentina é um prémio pelo trabalho que fiz»
Central do FC Porto projetou o encontro com a Lazio
Seis golos sofridos contra Lazio e Benfica contrastam com ciclo de cinco jogos em que os dragões trancaram a baliza. Dupla chegou tarde, e a evolução, que vai continuar, tem de ser feita em competição
Os quatro golos sofridos no clássico contra o Benfica e os dois na derrota contra a Lazio na 4.ª jornada da Liga Europa trouxeram de novo à ribalta os problemas defensivos do FC Porto. Problemas esses que pareciam estar controlados, uma vez que nos cinco jogos anteriores os dragões mantiveram a baliza bem trancada.
O descalabro portista tem várias explicações. A exposição coletiva aos ataques do Benfica, a ausência de critério na saída de bola desde a baliza de Diogo Costa e a falta de concentração nos golos sofridos em tempo de compensação com a Lazio formam um quadro em que ninguém sai inocente.
Na realidade, alguns indicadores estatísticos até induzem em engano: no meio-campo, Eustáquio foi o jogador com melhor percentagem de passes certos na Luz (91,9%), mas bastou um demasiado tenso destinado a Martim Fernandes para Akturkoglu desenhar a jogada do 2-1 dos encarnados, golo apontado por Di María.
Quando os erros defensivos ganham proporções preocupantes, os primeiros olhares incidem normalmente sobre o guarda-redes e os centrais, e só depois nos laterais e médios. Contudo, da mesma forma que Diogo Costa – que não teve responsabilidade nenhuma nos golos sofridos no clássico – tem o seu estatuto mais que consolidado, também Nehuén Pérez e Tiago Djaló, dois dos reforços que chegaram mais tarde ao plantel, gozam ainda de créditos que os tornam indispensáveis.
A rotina que vão adquirindo colocam-nos à margem de uma nova reformulação da defesa, ainda que o jogo da Taça de Portugal, contra o Moreirense, possa abrir a porta a outras unidades, a começar pela baliza, que deverá ser ocupada por Cláudio Ramos.
No essencial, o que Vítor Bruno procura é que a sua defesa quase 100 por cento nova (Martim e João Mário são as exceções) ganhe rotinas e cresça em competição. É um risco tremendo, mas inevitável.
Com a dupla de centrais anterior, formada por Zé Pedro e Otávio, o FC Porto não retirou os benefícios de uma parceria sustentada no tempo. Zé Pedro foi o único a manter-se vivo nessa batalha, com Otávio a desaparecer do mapa do treinador, já lá vão dois meses. Por outro lado, devido aos constrangimentos económicos que o FC Porto enfrentou no verão, tanto Nehuén Pérez como Tiago Djaló chegaram ao plantel no final de agosto, o segundo, com 16 minutos de competição pela Juventus em 13 meses, pois havia sofrido grave lesão ainda no Lille. Nehuén vinha já com jogos nas pernas pela Udinese, de Itália.
6 novembro 2024, 19:45
Central do FC Porto projetou o encontro com a Lazio
A qualidade das atuações dos centrais titulares foi, de resto, reconhecida pelos selecionadores da Argentina e de Portugal. Uma satisfação para Vítor Bruno, que vê dois portistas valorizarem-se em seleções de topo mundial, apesar de só Nehuén Pérez ter contrato de longa duração com o clube, uma vez que Tiago Djaló está cedido pela Juventus até final da temporada, sem opção de compra. Por outro lado, seria mais benéfico para o treinador que os dois tivessem ficado no Olival, aproveitando o desafogo que o plantel não teve nas últimas semanas para aperfeiçoar aspetos que têm falhado nos azuis e brancos, designadamente, os lances de bola parada defensiva. Um pecado que custou pontos preciosos na Liga Europa frente ao Manchester United e Lazio.
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