Mourinho agarrou o nariz de Buruk, que se atirou para o chão, no final do Fenerbahçe-Galatasaray
Mourinho agarrou o nariz de Buruk, que se atirou para o chão, no final do Fenerbahçe-Galatasaray
Foto: IMAGO

Os momentos mais polémicos (e físicos) da carreira de José Mourinho

INTERNACIONAL03.04.202519:50

De celebrações icónicas a confrontos com treinadores ou jogadores adversários, até equipas de arbitragem, o português voltou a fazer das suas na Turquia

Desde que chegou à Turquia, José Mourinho tem sido fiel a si próprio, à sua forte personalidade e carácter que tem demonstrado ao longo dos anos, e esta semana teve um dos momentos mais polémicos da carreira, possivelmente ao nível do incidente com Tito Vilanova.

Esta quarta-feira, após a derrota e a eliminação do Fenerbahçe da Taça perante o rival Galatasaray, o português dirigiu-se ao treinador adversário, Okan Buruk, e apertou-lhe o nariz. O turco caiu e Mourinho foi-se embora.

Para recordar o primeiro grande momento de tensão na sua carreira temos de recuar a 2003, há mais de 20 anos, quando defrontou o Panathinaikos ao serviço do FC Porto, a contar para os quartos de final da UEFA Europa League (à data, Taça UEFA). Na altura, a sua equipa perdeu na primeira mão em casa (0-1) e Mourinho dirigiu-se ao treinador adversário, dizendo-lhe ao ouvido que a eliminatória ainda não tinha acabado: «Não faças a festa, porque isto ainda não acabou», repetiu, no final do jogo à imprensa. Na segunda mão, na Grécia, os dragões deram a volta (2-0), após prolongamento.

Na fase seguinte, o adversário foi a Lazio e decorreu mais um momento de grande tensão na primeira mão (4-1), em Portugal: Mourinho agarrou o braço de Lucas Castroman e impediu que ele fizesse rapidamente um lançamento lateral. Resultado? Foi expulso e falhou a segunda mão (0-0), mas o FC Porto apurou-se para a final, na qual o técnico esteve presente, e venceu o Celtic (3-2), com golo de Derlei no prolongamento, conquistando a competição.

No Inter, na sua última temporada, em que conquistou Serie A, Taça de Itália e UEFA Champions League, o destaque foi para quando Mourinho eliminou o Barcelona nas meias-finais da competição europeia, em pleno Camp Nou. Nas celebrações, no meio do relvado, o português festejou de forma efusiva e Victor Váldes tentou que o treinador se acalmasse, pedindo respeito aos adeptos, mas sem sucesso. Mourinho ignorou-o completamente e continuou, lembrando-lhe que estava a dirigir-se aos seus tifosi.

Nos seus três anos de Real Madrid, protagonizou o momento (considerado) mais polémico da carreira, e já mencionado: colocou o dedo no olho de Tito Vilanova, adjunto de Guardiola no Barcelona. Isso aconteceu durante a final da Supertaça Espanhola, em 2011, num momento de confusão entre jogadores e elementos da equipa técnica. Os catalães sairam vencedores, após duas mãos (5-4).

Durante a sua primeira passagem no Chelsea, Mourinho foi, de certa forma, mais calmo dentro de campo, mas esse não foi o caso no seu regresso, entre 2013 e 2015. Durante mais um jogo entre Chelsea e Arsenal, em Stamford Bridge, a rivalidade de Mourinho e Wenger veio ao de cima e os dois entraram mesmo em confronto físico, empurrando-se um ao outro, isto após ter sido dado um amarelo a Cahill por falta sobre Sánchez.

Quatro anos depois, já no Manchester United, outra vez em Stamford Bridge, o Chelsea conseguiu empatar o marcador na compensação e o adjunto de Sarri, Marco Ianni, passou a correr pelo banco de suplentes adversário em festejos e terá dito algo a Mourinho, que não gostou e levantou-se imediatamente. O português tentou ir ter com o italiano, mas foi agarrado pelos seguranças, gerando-se uma enorme confusão fora das quatro linhas, acabando por ser expulso.

Por fim, ainda em Inglaterra, mas no Tottenham, em novo duelo com o Guardiola, embora agora no Manchester City, Mourinho protagonizou um momento hilariante, junto do seu adjunto na altura, João Sacramento. Numa grande penalidade falhada pelo adversário, Sterling tentou chegar à recarga, mas Lloris agarrou a bola e o inglês simulou falta. O VAR entrou em ação para assinalar grande penalidade, mas acabou por o não fazer, motivando sorrisos no banco de suplentes dos Spurs. No entanto, Sacramento relembrou Mourinho de que, se não é falta, então é simulação e cartão, e os dois levantaram-se imediatamente para ir ter com o quarto árbitro, colados a ele, protestando da decisão. Nada foi feito, sendo que, em caso de amarelo, Sterling seria expulso ainda antes do intervalo.

Devido ao momento desta quarta-feira, Mourinho arrisca uma suspensão pesada, mas uma coisa é certa, esse castigo não vai afetar em nada a sua personalidade dentro e fora de campo.

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