«Não podemos gritar que a casa está a arder quando um pedacinho de papel se queima»
Aurelio De Laurentiis, presidente do Nápoles (Foto: IMAGO/Antonio Balasco)

«Não podemos gritar que a casa está a arder quando um pedacinho de papel se queima»

INTERNACIONAL19.10.202319:29

Presidente do Nápoles falou à imprensa sobre a constestação que existe ao treinador Rudi García, bem como dos rumores que ligam Antonio Conte ao clube

Aurelio De Laurentiis, presidente do Nápoles, falou hoje aos jornalistas, em Castelvolturno, no sul de Itália. O líder dos napolitanos abordou o facto de ter decidido não dispensar Rudi García depois da derrota dos napolitanos frente à Fiorentina. «Li de tudo. Temos de avaliar a nossa performance, se houve erros eu assumo a responsabilidade. Eu é que tomei as decisões no verão, obviamente com os meus colaboradores», disse o presidente do Nápoles, assumindo que a troca de treinadores é um processo «traumático». «Não há muitos que usem o 4-3-3 com pressão alta, como Sarri ou Spalletti», adicionou.

De Laurentiis falou sobre a sua proximidade ao plantel, dizendo que esta se justifica com a ideia de «passar um sentimento de calma», algo que tem sido, segundo o próprio, contrariado pelos meios de comunicação social locais. «Somos o Nápoles, qualificamo-nos para a Europa há 15 anos seguidos. Não podemos gritar que a casa está a arder quando um pedacinho de papel se queima. Somos os bombeiros, temos de tomar as decisões com calma e sem os erros causados pela pressa.»

O presidente do Nápoles também procurou justificar a não-envolvência de jogadores do seu clube nos escândalos de apostas que têm abalado o futebol italiano: «Tenho sempre cuidado de contratar jogadores com um apoio familiar que me dêem garantias. Preocupo-me muito com a cultura de fair play, fazemos uma certa 'vigilância'. Acredito que os meus jogadores são bons rapazes, com famílias fortes ao seu lado», garante De Laurentiis, deixando uma salvaguarda. «Lidar com a riqueza repentina é outro problema, que pode cegar quem não tenha outros interesses», assume.