E. Vermelha-Benfica, 1-2 «Não há jogadores de Schmidt ou de Lage» - tudo o que disse o treinador do Benfica

NACIONAL19.09.202421:13

Bruno Lage analisou a vitória do Benfica frente ao Estrela Vermelha desta quinta-feira, na Sérvia, da 1.ª jornada da fase de liga da Champions

Bruno Lage explicou vários pormenores táticos e estratégicos do jogo do Benfica, também elogiou adeptos e pediu mais tempo para criar comportamentos na equipa. Leia em baixo a conferência de imprensa do treinador das águias.

- A equipa percebeu o que o jogo exigiu dela em cada momento, concorda?
- Isso foi determinante. Mas mais determinante foi o ambiente favorável que trouxemos do último jogo e a confiança e a personalidade para a equipa entrar muito bem no jogo, deu-nos logo confiança, independentemente do ambiente do estádio. Mas a equipa entrou muito bem, com personalidade, e soube procurar espaços no primeiro golo. Depois tivemos de fazer primeira paragem para substituição, depois não estava planeada a entrada do Fredrik [Aursnes] para jogar 20 minutos, mas naquele momento foi importante. O mais importante foi a boa entrada na Liga dos Campeões, novo formato, são três pontos, ligámos mais uma vitória à que conseguimos no jogo passado, para o campeonato, mas precisamos manter os pés no chão. A mensagem que já passei aos jogadores é que este jogo já passou e que o foco já está em recuperar e preparar o jogo com o Boavista.

A equipa entrou muito bem, com personalidade.

- Sentiu que a equipa adormeceu após o intervalo e também por isso festejou efusivamente no final do jogo?
- Ainda há muito trabalho para fazer. O de hoje ficou condicionado pelos dois momentos de substituição, a do Bah por lesão e a do Aursnes para tentarmos ter mais controle, ficámos apenas com mais um momento de substituição; por volta dos 75 poderíamos tê-lo feito… houve muita procura das laterais e com muitos cruzamentos. Num primeiro instante resolvemos isso com a troca dos nossos alas, e foram muito importantes nessa ajuda e a permitir alguma liberdade na frente a Di María, para numa ou outra transição conseguir marcar o terceiro golo. Depois fechámos o jogo com três alterações, o Zeki [Amdouni] a procurar a profundidade, o Beste a ajudar a fechar na esquerda, e Barreiro a dar frescura no meio-campo por troca com Kokçu… temos um primeiro plano que temos de consolidar e depois ainda temos de preparar um B e um C para quando o adversário procura outro tipo de espaços. E houve ali uma ou outra indefinição, principalmente no lance do golo, temos dois homens para um e ninguém saiu nele, deixaram-no progredir, por isso, mais importante é três pontos, juntar esta vitória à outra, dinâmica de vitória e foco já no jogo com o Boavista.

Temos um primeiro plano que temos de consolidar e depois ainda temos de preparar um B e um C...

- Qual a gravidade do caso de Bah? E Kokçu, para si tem um papel importante na ligação entre treinador e a equipa?
- Do Bah ainda não temos informação concreta. Em relação a Kokçu, esse papel não é apenas para ele, mas para todos os jogadores. É essa a nossa forma de comunicar e todos os jogadores tem de saber fazer aquilo que nós queremos em várias posições.

- O Estrela Vermelha não perdia em casa desde 2023, frente ao Manchester City. Agora perdeu com o Benfica…
- Apenas mais uma vitória. Aquilo com que me preocupei foi em preparar a equipa para ganhar jogos. Sobre o ambiente, sabia e sentia… os nossos 500 adeptos fizeram-se ouvir e no momento em que a equipa mais precisou. Foi mais uma vitória e temos de nos manter tranquilos e focados.

- Deu os primeiros minutos a Beste, entende que ele pode render mais como extremo do que como lateral, como jogava com Schmidt?
- Ele ajudou a fechar a equipa. Não há jogadores do mister Roger Schmidt ou do Bruno Lage, eles são jogadores do Benfica e eu tenho de os conhecer, tenho de saber o que eles me podem oferecer, o contributo que podem dar à equipa e a partir dai eles vão tendo minutos. Alguns jogadores, pela cultura e chegada a novo clube, as coisas não acontecem de um dia para o outro. Temos todos, internamente e os adeptos, de perceber que há estas situações, que os jogadores têm de se adaptar à língua e cultura, é mais fácil para uns do que para outros.