Nani recebido em êxtase na Amadora: «Foi onde tudo começou»

Internacional português recebido por multidão no centro comercial UBBO, na Amadora; confessou felicidade por regressar onde iniciou a sua carreira e conta histórias que viveu no Estrela, ainda criança

As expectativas eram altas e comprovaram-se: Nani foi recebido em êxtase no centro comercial UBBO, na Amadora, onde foi alvo de inúmeras solicitações de adeptos que chamavam pelo seu nome para fotografias e autógrafos. Mesmo quando se dirigiu à imprensa para conceder declarações, o internacional português era interrompido e, com um sorriso, explicou o porquê da decisão em reforçar o Estrela da Amadora e regressar a Portugal.

«Todos sabemos que o futebol em Portugal é muito bom, é muito apreciado lá fora, em que se sabe jogar, e foi onde tudo começou. Tenho uma história muito bonita, de quando tinha sete anos, que vou contar: tinha um amigo que jogava no Estrela. Nós estávamos na escola e ele perguntou-me se eu jogava num clube e disse-me porque não jogas num clube? Jogas muito bem e eu disse-lhe olha, gostava, mas não tenho nenhum e ele disse-me então vem para o Estrela, eu jogo lá», contou.

«Aceitei e com sete anos fui desde a Estrada Militar, que foi o bairro onde nasci, até ao Estrela da Amadora porque ele me disse para ir junto à linha», revelou Nani, que mesmo junto à linha, como extremo, fez carreira. Numa fase inicial, treinou à experiência precisamente no clube da Reboleira, que hoje reforça. E revela: «Os jogadores à experiência estavam num lado e quem já era do clube estava noutro e eu fui fazer a minha experiência», recordou, feliz.

«Quando puseram a bola a rolar, pus-me a driblá-los todos e eu treinador chamou-me e perguntou: como te chamas? E eu respondi que me chamava Luís», O resto, como se sabe, é história, que pretende ainda continuar, com 37 anos, com a confiança do presidente da SAD dos tricolores, Paulo Lopo. «O Nani é uma referência para a cidade da Amadora e uma das maiores referências de sempre do futebol português, juntamente com Figo e Ronaldo», considerou o dirigente.

«Portanto, para nós, quando nos surgiu a oportunidade de contarmos com ele, achámos que poderia ser difícil, dada a qualidade do jogador, mas felizmente conseguimos chegar a um entendimento relativamente fácil e acho que o Nani também tinha vontade de dar um bocadinho à cidade», completou Paulo Lopo, feliz por ter conseguido uma contratação de renome para o plantel do Estrela da Amadora.