«Muito difícil, mas soubemos sofrer»

Rio Ave «Muito difícil, mas soubemos sofrer»

NACIONAL07.05.202320:09

O treinador do Rio Ave, Luís Freire, não escondeu alguma deceção pelo empate (2-2) da equipa de Vila do Conde (2-2) diante do Marítimo, na tarde deste domingo, em encontro da 31.ª jornada da Liga jogado no Funchal, no qual esteve a ganhar por 2-0.

«Foi um jogo muito difícil para nós. Sabíamos que o Marítimo tinha ganho em casa a Paços de Ferreira, Sporting, Santa Clara, Boavista e Estoril. É uma equipa que está a conseguir ganhar os seus jogos em casa: nos jogos fora é que está com mais dificuldades. E contou com o apoio de perto de 10 mil pessoas: um ambiente difícil para nós, para mais com muito calor», recordou o técnico da formação nortenha, na sala de imprensa.

«Efetuei algumas alterações em relação ao último jogo. Com menos três jogadores que atuaram no último jogo, ante o Arouca, mas com uma boa resposta daqueles que entraram. A entrada forte do Marítimo condicionou a nosso jogo, com os seus extremos. Demorámos a passar a mensagem para a equipa.  O Marítimo estava a arriscar tudo. Nas transições, tínhamos de forçar o erro do Marítimo. E marcámos dois golos assim», recordou Luís Freire.

«Perdemos muitas bolas no meio e demos possibilidades de transições ao Marítimo, que podia, perfeitamente, estar a ganhar por exemplo logo aos 12 minutos de jogo, pois teve oportunidades de golo para o conseguir. Fomos eficazes, mas o jogo foi, sempre, muito difícil para nós. O Marítimo sempre com grande intensidade na frente. Na minha opinião o Marítimo tem muitas soluções na frente de ataque. E sofremos um golo à beira do intervalo… que não podemos sofrer: o Marítimo mete a bola nas costas e o Félix Correia marca um grande golo, e com 2-1 tudo ficou em aberto», recordou Luís Freire.

«Para a segunda parte, sabia que o Marítimo tinha de arriscar. Têm muitas soluções na frente. Tentámos refrescar a equipa logo no início da segunda parte, mas recordo que em janeiro não fomos ao mercado buscar jogadores. Empatámos aqui devido a atitude dos meus jogadores que nunca encararam este jogo como sendo meramente cumprir do calendário. Havia jogadores a sofrerem no fim, e pedirem a substituição… mas já as tinha esgotado», revelou.

«Em profissionalismo, ninguém nos pode apontar o que quer que seja. Somámos um ponto, mas queríamos os três. Esta equipa tem feito um trabalho incrível. O Marítimo foi superior pelas oportunidades que criou, mas soubemos sofrer», concluiu o técnico da formação visitante.