Mbappé e o futuro no PSG: «A dada altura será a minha vez de sair»

Internacional francês volta a abordar possível saída do PSG; garante que o mundo do futebol «está a entrar numa nova era», em alusão às transferências de vários atletas para fora da Europa

Numa longa entrevista à revista GQ francesa, Kylian Mbappé abordou vários temas, não só do foro pessoal como do estado do futebol moderno. Desde o modo como a pressão «não o afeta», das responsabilidades como capitão do PSG, até à eventual saída dos parisienses, o internacional gaulês não deixou nenhum assunto para trás.

Sobre a galopante especulação acerca da sua transferência para fora da capital francesa, o jogador de 25 anos lembra o recente êxodo de vários futebolistas para países fora da Europa, que marca uma «nova era» no desporto-rei: «Muitos grandes jogadores que deixaram a sua marca na história do futebol deixaram a Europa este verão, e estamos a entrar numa nova era do futebol. É o ciclo normal do jogo e, a dada altura, será a minha vez de partir.»

Apesar disso, Mbappé sublinha o peso de envergar a braçadeira de capitão do campeão gaulês, que considera ter mudado a sua mentalidade: «O capitão é o mensageiro de um grupo, e hoje tenho o dever de contactar cada um dos jogadores para garantir que todos estão nas melhores condições para ajudar a equipa. A grande diferença em relação ao passado é que antes concentrava-me no meu desempenho e no que podia dar à equipa individualmente. Ser capitão é uma nova abordagem ao futebol.»

Numa semana em que o Real Madrid terá colocado ainda mais pressão para garantir os serviços do jogador, o número 7 do PSG fala de outro tipo de pressão, dentro do campo, que assegura que «não o afeta» de forma negativa: «A pressão não me afeta negativamente, e preciso dela para atuar. É isso que nos permite manter o nível de excelência necessário para jogar ao mais alto nível. Estamos numa época de excesso de consumo, com muitos jogos, em que as pessoas esperam muito dos jogadores.»

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Mbappé frisa ainda que o futebol está a aproximar-se dos calendários de outras modalidades, com cada vez mais partidas nas pernas dos atletas: «O futebol está a aproximar-se do modelo da NBA, com épocas de setenta jogos. Não sou contra jogar tanto, mas não podemos ser bons o tempo todo e dar ao público o espetáculo que ele espera.»