Mariana Cabral: «Foi uma vitória inteiramente merecida»
Sporting volta a entrar em campo no sábado. Foto: IMAGO
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Mariana Cabral: «Foi uma vitória inteiramente merecida»

Treinadora do Sporting lamentou que as leoas não tenham conseguido fechar o resultado mais cedo, porém destacou o papel das «velhotas» Cláudia Neto e Ana Borges no regresso à Liga dos Campeões; Alícia Correia frisou que o Sporting ainda tem muito para dar na prova

Confirmada a vitória (2-0) sobre o E. Frankfurt e consequente qualificação para a próxima fase da 1.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, a treinadora Mariana Cabral não escondeu as dificuldades sentidas por parte da equipa do Sporting, contudo frisou que, pelo jogo no seu todo, a vitória das leoas é merecida.

«Sabíamos que ia ser um jogo muito exigente e muito competitivo. Tínhamos de estar muito bem ofensivamente, mas defensivamente também, porque o Frankfurt tem muita qualidade e sabíamos que tínhamos de estar muito compactas, toda a gente a fazer primeiro, segundo, terceiro esforço para conseguir fechar os nossos caminhos para a baliza. Entrámos bem no jogo, criámos oportunidades, conseguimos marcar. Na segunda parte, foi mais dividido. Não tão bonito. Acabámos por ter oportunidades também, sofremos um bocadinho, faz parte também em competições deste nível», começou por dizer a treinadora leonina, acrescentando às suas declarações vários elogios à equipa leonina.

«As jogadoras foram extraordinárias no esforço que tiveram, na forma como se entregaram ao jogo, e acho que foi uma vitória inteiramente merecida, e obviamente a parte final também foi muito bonita, porque temos as nossas duas velhotas a marcar os dois golos, e elas merecem muito, porque são as duas maiores referências de futebol feminino em Portugal, trabalham muito, e, portanto, merecem estas alegrias», enalteceu.

Sobre as dificuldades sentidas ao longo do encontro, Mariana Cabral lamentou a falta de capacidades da equipa em fechar o encontro mais cedo, mas reforçou a maturidade exibicional apresentada neste regresso à Liga dos Campeões.

«Na segunda parte sentimos isso, estávamos a tapar bem os caminhos para a baliza, mas obviamente o esforço é muito grande, já havia alguma fadiga, é natural termos jogadoras com muita qualidade no banco para entrar e foi isso que fizemos. Tentámos mudar algumas coisas para dar um bocadinho mais de energia à equipa, conseguimos fazer isso, e podíamos ter marcado até mais cedo para ficarmos mais tranquilas. Não conseguimos, o Frankfurt também teve oportunidades obviamente, mas acho que estivemos muito bem, muito sólidas, e é fantástico da parte das jogadoras, porque algumas, não a maioria, estrearam-se na Liga dos Campeões, outras regressaram depois de muitos anos. Foi uma prova de grande exigência, mas também demostraram que têm qualidade para estar aqui e têm qualidade para avançar», concluiu.

Após o final da partida, Alícia Correia também abordou a vitória leonina e confessou que o segredo do triunfo esteve no «trabalho de equipa.»

«Acima de tudo foi feita de espírito de grupo e sacrifício. Sabíamos que ia ser um jogo muito difícil, em termos emocionais, físicos, e o mais importante foi manter-nos juntas até ao fim. É como digo: trabalhámos todos os dias para isto, sabíamos que não ia ser fácil e foi, acima de tudo, um trabalho de equipa. Foi cada uma a puxar por si e nunca desistir. Ao longo do jogo ganhámos confiança, sentimos que mesmo que algo corresse mal, teria uma colega ao meu lado para ajudar e isto é o Sporting, é a nossa equipa. O trabalho ainda não está feito, é como se diz, por isso esta foi a nossa vitória, mas queremos mais, não vamos parar por aqui», destacou.

Assegurado o triunfo, o Sporting sabe que irá defrontar, no sábado, o vencedor do encontro entre as bielorrussas do Minsk e as islandesas do Breidablik.

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