A abertura da jornada 13 coloca frente a frente os dois maiores rivais do futebol inglês dos últimos anos. Quem ganhar, assume a liderança
A Premier League volta da pausa para seleções e logo com um jogo cabeça-de-cartaz. Manchester City e Liverpool defrontam-se a abrir a 13.ª ronda da competição e, se o padrão mais recente se mantiver, será um encontro com muita história para contar.
Citizens e reds enfrentaram-se mais de 200 vezes ao longo da história e a vantagem é clara: das 224 partidas disputadas, o Liverpool venceu 108. Desde que os treinadores são Pep Guardiola e Jurgen Klopp, já houve 20 jogos entre ambos os emblemas. O alemão, com oito vitórias, leva vantagem ligeira sobre o espanhol, com sete.
O conjunto da casa apresenta-se como o melhor ataque do campeonato, com 32 golos apontados em 12 partidas. Por seu turno, os visitantes são a defesa menos batida da competição: tal como o Arsenal, só sofreram dez golos. Em termos individuais, Haaland e Salah são as duas maiores armas ofensivas da liga, com 16 e 14 contribuições diretas para golo, respetivamente.
A partida vale a liderança mas, como em todas estas rivalidades, está muito mais em jogo do que os três pontos. Guardiola considera Jurgen Klopp como «o seu maior rival», enquanto o alemão já apelidou o treinador do Man. City como «o melhor do mundo». Os momentos de forma das equipas são muito semelhantes e isso revela-se na tabela, onde estão separadas por apenas um ponto.
Separadas por 50 quilómetros, as duas cidades do noroeste de Inglaterra terão fim de semana de emoções fortes com duelos de velhos rivais: Man. City-Liverpool e Everton-Man. United. A concorrência entre malhas urbanas, porém, há muito extravasa as linhas dos relvados. Da Revolução Industrial à economia atual, passando pela música e pelas artes, muito mais é o que as separa do que aquilo que as une…
Na ordem do dia esteve a dedução de pontos ao Everton e a comparação com o Manchester City, acusado de 115 incumprimentos do fair-play financeiro. «Não vou falar do Everton. Não se pode comparar, são casos diferentes. Até prova em contrário, somos inocentes», disse Guardiola, que adicionou ainda: «Se o Manchester City for para a terceira divisão, é muito provável que eu fique».
Sobre o encontro com Jurgen Klopp, o espanhol não tem dúvidas. «Ele fez-me ser um treinador melhor. Absolutamente. Fez-me refletir, causou-me problemas. Estamos tantos anos neste nível e enfrentamos tantos campeões... As equipas dele têm sempre uma postura positiva e os nossos jogos são sempre muito atrativos. Ele fez de mim melhor, fez-me pensar. E claro, a forma como jogamos para eles é perfeita: transições rápidas, com muito espaço nas costas, com jogadores como o Darwin, o Salah, claro... São uma equipa fantástica».
A figura:
São 13 golos e três assistências em 12 partidas. São números que só não espantam por causa do elevado nível que o norueguês tem apresentado constantemente. Ainda soaram os alarmes, após uma lesão pela Noruega, mas Haaland deverá estar a 100% para fazer estragos contra o Liverpool, uma das poucas equipas que (em pouco mais de um ano...) ainda não sabe o que é sofrer golos do avançado.
O treinador do Liverpool não teve dúvidas: este é o jogo mais difícil que a equipa pode jogar. «As rivalidades criam-se fora de campo, pelos adeptos. Dentro de campo, demorámos algum tempo até criarmos essa rivalidade. Ganhámos alguns jogos, perdemos outros, tivemos grandes encontros, como na Liga dos Campeões, por isso... sim, em termos de futebol, é o jogo mais difícil que podemos jogar».
A figura:
Para além de ter contribuído diretamente, a marcar ou a assistir, para mais de metade dos golos da equipa, é o elemento mais desequilibrador. Detentor de muita velocidade e agilidade, é a sua tomada de decisão que faz com que, no último terço, seja um dos jogadores mais letais do campeonato.
A partida que abre a jornada 13 da Premier League joga-se no Etihad Stadium este sábado, pelas 12:30 (hora de Portugal Continental).