«Mais um milhão por Gyokeres? É um jogador barato para a influência que tem»: tudo o que disse Rúben Amorim na sala de Imprensa
Técnico leonino não está preocupado com o aumento do custo do passe do internacional sueco porque isso significa... (mais) golos; a importância de não sofrer e o novo objetivo para o jogo com o SC Braga; competência em todos os momentos contribuíram para o triunfo em Leiria
O Sporting precisou de ter alguma paciência para desmontar o bloco defensivo do adversário. Ficou de alguma forma surpreendido com a estratégia apresentada pelo UD Leiria?
- Gosto de realçar que não sofremos golos. O UD Leiria criou duas boas oportunidades na segunda parte. Nós temos criado muitas ocasiões em quase todos os jogos, não só devido à qualidade dos homens da frente, mas também derivado do tempo de treino, que é sempre importante. O UD Leiria jogou em 3x5x2 e nós controlámos muito bem, nomeadamente o Jair, que é um jogador muito veloz, mas o Quaresma está cada vez melhor. As duas únicas vezes em que apanhámos o Leiria subido, fomos muito fortes no ataque à profundidade. Foi um jogo muito competente na nossa parte e com uma vitória inteiramente justa.
O Sporting voltou a não sofrer golos e, caso consiga repetir a dose no encontro do próximo domingo, diante do SC Braga, chegará, pela primeira vez esta época, aos três jogos consecutivos sem sofrer golos [ 8-0 ao Casa Pia e 3-0 ao UD Leiria]. Passa a ser mais um objetivo para o duelo diante dos arsenalistas? Nestes dados entra também Franco Israel, que tem jogado mais nas taças e nas competições europeias, mas que tem dado sempre uma boa resposta. Está salvaguardado o pós-Adán?
- Não sofrer golos é sempre a ideia. Contamos com o Adán e não temos intenção de o deixar sair. Gostamos sempre de não sofrer golos, porque é uma boa regra e estamos sempre mais próximos de ganhar. É um sinal de competência da equipa, que fica sempre muito mais confortável durante os jogos. Numa equipa grande, todos os detalhes contam. O Franco [Israel] esteve bem. Vamos trabalhar também nesse sentido diante do SC Braga, uma equipa que também costuma marcar muitos golos.
O Geny Catamo é um ala muito forte. Vai continuar a alterná-lo com o Esgaio no corredor direito? E o Paulinho, o que se passou para não figurar nas opções para esta partida?
- O Paulinho já teve aquela lesão e agora voltou a queixar-se. Parece-nos que é um problema pequeno, mas não sabemos se estará apto já para o jogo com o SC Braga, no domingo. O Geny [Catamo] tem determinadas caraterísticas individuais e as escolhas passam muito por aí e não tanto pelos adversários. A escolha não é para momentos de aflição nem para aqueles em que tenhamos de atacar mais. É para determinados jogos e mediante as estratégias que delineamos.
Foi o 25.º golo de Gyokeres e o Sporting vai ter de pagar mais um milhão de euros por ele. Considera que Gyokeres é o Euromilhões do Sporting no futuro?
- Não sei se é o Euromilhões ou não. Sei que é um jogador que veio ajudar muito, marca muitos golos, tem grande impacto na equipa e chama muito a atenção. Pagar por esses jogadores eu não me importo de pagar porque o dinheiro não é meu [risos], mas esses jogadores tornam-se mais baratos consoante a influência que têm. Mas um jogador como ele torna-se barato pela influência que tem na equipa. Se continuar a marcar golos desta maneira, mais milhão, menos milhão, não tem problema. Tal como acontece com o Diomande, que eu também acho que foi bem barato para o rendimento que tem. Isso do dinheiro é muito subjetivo. O Euromilhões é ganhar o Campeonato e como ainda não ganhámos continua tudo igual.