Luís Castro quer ficar… mas recorda saídas a meio de outros contratos

Botafogo Luís Castro quer ficar… mas recorda saídas a meio de outros contratos

INTERNACIONAL21.06.202310:09

Luís Castro voltou a falar sobre o alegado interesse do Al Nassr, da Arábia Saudita, em contratá-lo como treinador, o que o levaria a orientar Cristiano Ronaldo.

O treinador líder do Brasileirão falou à Rádio Globo e voltou a reiterar que está confortável no projeto do Botafogo, mas recordou contratos que já interrompeu para abraçar outros projetos. Recorde-se que Luís Castro, que tem vínculo até março de 2024, já disse também que assina sempre contratos que preveem libertação. «Neste momento não faz parte da minha vida ouvir solicitações de trabalho. (…) Há cláusulas no meu contrato que preveem a minha saída a qualquer momento, assim como há para minha demissão», disse há dias no podcast Futcast, do site Flashscore Brasil.

Voltando à entrevista com a Rádio Globo, o treinador pediu tempo para se concentrar no trabalho presente. «Não quero falar sobre o tema, até porque temos jogo depois de amanhã, e depois o Palmeiras. Uma coisa eu sei: o meu agente foi sempre a pessoa que tratou do meu futuro enquanto treinador. Nem me preocupo com o tema.»

Luís Castro recordou então três ocasiões em que saiu antes do contrato acabar:

«Nem sempre acabei os meus contratos, a verdade tem de ser dita. Quando estava no Chaves (2017/18) tinha dois anos de contrato e interrompi a meio, o V. Guimarães pagou a rescisão. Foi uma negociação entre os clubes. O presidente do Chaves entendeu que eu deveria seguir caminho num clube com projeção de Liga Europa. Em Guimarães (2018/19) atingimos o objetivo, e entre o primeiro e o segundo ano o Shakhtar solicitou o meu trabalho. O Vitória entendeu o que tinha feito e que me deveria deixar ir para uma equipa de nível de Liga dos Campeões. Houve um entendimento entre os clubes e saí.»

Continuou: «No Shakhtar cumpri dois anos de contrato (2019/2021), apareceu Al Duhail [do Catar] e queria experimentar o Médio Oriente (2021/22). No meio do contrato apareceu o Botafogo, houve acordo e já não fui fazer a Champions asiática. Saí sempre bem, com acordo entre clubes.»

Luís Castro vê o processo como natural. «Do que se fala hoje, é natural que todos aqueles que fazem o seu trabalho bem sejam solicitados no mercado. Muitas vezes o trabalho não está ligado só a resultados, mas sim ao desenvolver o dia a dia. Talvez por isso, pelo meu trajeto, há interesse aqui e ali pelo meu trabalho», considerou.