Lewandowski revela aposta com Klopp que lhe mudou a carreira
Avançado polaco recuou aos tempos do Dortmund para falar da relação com o treinador alemão, com quem falava como se fosse um pai
Se Robert Lewandowski é o avançado que é hoje, em grande parte o deve a Jurgen Klopp, que o treinou no Dortmund de 2010/2011 a 2013/2014. A revelação foi feita pelo próprio jogador, que falou de uma aposta feita com o técnico que lhe serviu de incentivo.
«Uma vez fiz uma aposta com Jurgen Klopp. Foi em 2010, quando eu já estava há uns meses no Dortmund. Sinceramente, era muito difícil. Quando cheguei apenas falava uma palavra de alemão. Clima cinzento e chuvoso e com Klopp a intensidade dos treinos era muito alta. Estava desesperado para deixar a minha marca no clube e Klopp quis desafiar-me», começou por dizer ao The Players' Tribune.
«Então, fizemos uma pequena aposta nos primeiros meses. Ele disse-me 'Dou-te 50 euros por cada treino em que marques 10 golos, se não marcares dás-me 50 euros a mim'. Nas primeiras semanas tive de pagar-lhe 50 euros quase todos os dias. Ele riu-se. Mas, uns meses depois, as coisas mudaram e um dia ele disse 'Basta! Aceito. É o suficiente. Agora estás realmente pronto'. Na realidade ainda não estava, os jogos eram diferentes dos treinos. Comecei a época no banco e joguei mais na segunda metade», recordou.
Na segunda temporada no clube, Lewandowski continuou a viver na sombra, até uma conversa com Klopp ter mudado o rumo dos acontecimentos. «Então, o que queres de mim?», foi a pergunta do avançado que serviu de pontapé de saída para uma grande época. «Três dias depois marquei um hat-trick e fiz uma assistência contra o Augsburg. Ganhámos 4-0 e foi um ponto de viragem», analisou o internacional polaco do Barcelona.
«Agora percebo que a conversa com Jurgen Klopp foi como as que gostaria de ter tido com o meu pai. Uma conversa daquelas que não conseguia ter há muitos anos. Podia falar com ele de qualquer coisa. Podia confiar nele. É um homem de família e tem muita empatia com o que se passa na tua vida privada», acrescentou.