Gyokeres, Matheus Reis e título: tudo o que disse Amorim na antevisão ao jogo em atraso
Sporting defronta esta terça-feira o Famalicão
O Sporting defronta esta terça-feira o Famalicão, no jogo em atraso da 20.ª jornada do campeonato, e Rúben Amorim já fez a antevisão ao encontro onde reconhece a importância da vitória nas contas para o título e falou de algumas individualidades.
Recorde tudo o que disse o treinador dos leões
Disse que queria chegar ao jogo em Famalicão com vantagem pontual. Correu melhor do que esperava? Matheus Reis está disponível?
- Antes de mais, queria, em nome do Sporting, mandar um abraço ao Rui Duarte [treinador do SC Braga], que está a passar pela pior coisa na vida de alguém. Um grande abraço e que tenha força para seguir em frente. Em relação ao jogo, tivemos de pensar nessa maneira pela envolvência que havia depois desse jogo. Os nossos adeptos ficaram bastante stressados e quisemos mostrar confiança. Nós continuamos a depender desse jogo. Vai ser um jogo complicado contra uma equipa que não perdeu nos últimos três jogos e empatou no Dragão. Não conseguimos ganhar contra Armando Evangelista no ano passado. O Matheus Reis não está disponivel e ainda está a fazer tratamento e vai demorar um bocadinho.
Sentiu a equipa mais ansiosa? Debast interessa ao Sporting?
- Em relação ao mercado teremos tempo para falar, ainda estamos no final da época. O Famalicão habitua-nos a ser um viveiro de bons jogadores, saem muitos jogadores, o projeto deles passa pela valorização dos jogadores. Têm muito talento, mas é muita gente nova. Não senti a equipa nada ansiosa. Este jogo vai ser diferente, porque o Famalicão é mais agressivo, mais perigosa no últimos terço, têm capacidade física diferente. Não digo que sejam melhores jogadores que o Gil Vicente. Um jogador [Cádiz] que é especial dentro da área especial dentro da área e no jogo de cabeça. São fortes nas transições. Fomos olhar para os nosso jogos com o Arouca porque as ideias mantêm-se: Tanto podem pressionar um bocadinho mais alto como podem ter uma linha de cinco, seis ou até de sete... Queremos ganhar, a semana foi tranquila e estamos preparados.
Como se gere a parte psicológica no final da época?
- A gestão por parte do treinador tem que ver com o contexto e o que sente do grupo. Às vezes é preciso puxar para cima, outras vezes é preciso mostrar que ainda falta muito. Nós estamos no meio disso, porque o nervosinho antes dos jogos aumenta, a equipa quer muito ganhar e sente-se ansiosa, mas também está preparada para receber todas as informações. A preocupação foi mais no ano passado, estar em quarto lugar... A gestão torna-se mais fácil nesta fase.
Este é o jogo mais crucial para o título? Sentiu necessidade de falar com os jogadores sobre o seu futuro?
- Não falei nada com os jogadores, quando se falou no acordo senti essa necessidade, mas como vinha para a conferência... Não me perguntaram nada, só perguntam quando há folgas... [risos]. Estamos tão perto de algo tão importante que não temos tempo para pensar nisso. O jogo é muito importante para as contas do título, mas todos são importantes, sabemos que é possível sermos campeões, mas importante é também a esperança que tiramos aos adversários. Queremos muito ganhar e não podemos dar esperanças dos adversários.
Gyokeres está há quatro jogos sem marcar, falou com ele? Este é o melhor momento do Sporting?
- Estamos num bom momento, mas na viragem do ano tivemos um clique qualquer, aumentámos o número de golos, foi uma boa sequência. Em relação ao Gyokeres, faço o mesmo com os outros jogadores, vou dando algumas dicas, conversas muito informais. O que o Gyokeres tem de fazer é aproveitar o momento, fez uma época fantástica e não precisa de estar stressado com os golos. As pessoas à volta estão sempre à espera que ele marque três golos por jogo. Se aproveitar mais o jogo a bola vem ter com ele e entra na baliza.
Desde que chegou ao Sporting ainda não foi contestado. Porque acha que isto acontece?
- A expectativa no início era muito baixa e isso ajuda sempre um treinador. Fomos campeões na primeira época e isso deu uma margem muito grande. Lutámos até ao fim pelo segundo campeonato e aí sim, tivemos uma quebra. Se o quarto lugar fosse no primeiro ano, eu não estaria aqui. A sorte, e eu tenho muita, foi sermos campeões no primeiro ano. No terceiro ano não ganhámos nenhum título, mas tínhamos esta margem toda. Nunca perdemos a identidade da equipa.
Esta seca do Gyokeres confirma que o Sporting não depende dele? Gostava de o levar consigo se sair?
- Já falei o que tinha a falar sobre o futuro. Quando o Gyokeres marcava muitos golos dizia que a equipa não dependia só dele. Fazemos golos mesmo assim porque o Viktor dá coisas à equipa, tem a mesma influência. Eu diria que a equipa não está dependente mas precisa muito dele e marca mais golos com ele.
Quais são as diferenças neste Famalicão e se o Sporting conseguiu tornar benéfico este adiamento?
- Acima de tudo pela vantagem que tem nesta fase, é diferente. O jogo tem um caráter mais decisivo do que tinha na altura. Havia alguns jogadores do Famalicão para os quais não estávamos preparados na altura e seria uma surpresa. Diria que vai ser uma abordagem parecida, com a equipa do Sporting com um bocadinho de mais bola.
Este jogo é o xeque-mate para o título? A postura do Famalicão pode implicar que Bragança continue no onze?
- Com Morita ou Daniel Bragança teriamos sempre bola e não será o fator decisivo na escolha. Temos de olhar para quem mais gosta de jogar entrelinhas e para o momento também. A conversa que vou ter é no momento. Não vou falar em xeque-mate, porque todos os jogos são decisivo. Só quando tivermos com a taça na mão é o xeque no título.
Como é que o Rúben Amorim cresceu desde que chegou ao Sporting? Sente-se mais preparado para assumir outro desafio?
- Essas críticas que me foram feitas ao início são factos, é verdade que tinha pouco tempo como treinador. Também caí num cenário onde ter o Viana como diretor desportivo, um presidente que confiava em mim... Tudo o que vivi aqui tenho a certeza que não vou viver em mais clube nenhum. Vejo o jogo de forma completamente diferente do que via há quatro anos. A evolução foi de toda a gente. Foi perfeito para alguém como eu, que tinha pouca experiência. Diria que também aí tive sorte.