Gil Vicente consuma reviravolta perto do final e segue em frente na Taça
Minhotos saíram para intervalo em desvantagem frente ao Belenenses, mas apontaram dois golos no segundo tempo e qualificaram-se para a próxima eliminatória da Taça de Portugal
O Restelo recebia uma eliminatória entre velhos conhecidos: entre Belenenses e Gil Vicente existe um histórico e até um…Caso Mateus, esperando-se um encontro equilibrado apesar da diferença de um escalão entre os dois conjuntos. E, de facto, assim aconteceu, com o emblema de Barcelos, que disputa a Liga principal, a concretizar a reviravolta no período final (2-1) depois de ter chegado ao intervalo em desvantagem.
Os azuis do Restelo, este ano de regresso aos campeonatos profissionais, entraram com entusiasmo, conquistaram um canto ainda dentro do primeiro minuto de jogo e, segundos depois, já celebravam a vantagem graças a um canto de elevado de recorte técnico, cobrado por Chapi Romano pela direita para um salto de peixe de Midana Sambu, surpreendendo o guardião Vinícius e soltando a festa dos locais.
Surpreendido por golpe tão precoce, o Gil Vicente feriu-se no orgulho e logo se precipitou na ofensiva e quase obteve a igualdade aos 10’, num remate de Roko Baturina no centro da área para boa defesa de Guilherme Oliveira, utilizando o próprio corpo para travar e amarrar o remate do croata.
O duelo entre Baturina e Guilherme Oliveira repetiu-se aos 15’ e novamente com triunfo para o guardião dos azuis, que travou com boa intervenção sobre a linha de golo o cabeceamento do atacante do Gil Vicente. O Belenenses, com a vantagem em sua posse, procurava sair pela certa e quase ampliou a diferença aos 24’ por Chapi Romano, que não receou procurar a meia distância e obrigou Vinícius a aplicar-se na defesa da baliza minhota.
Tal como Baturina e Guilherme Oliveira junto à baliza belenense, no meio-campo contrário desenhava-se novo mano-a-mano, desta feita entre Chapi Romano e Vinícius que também teve o guardião como vencedor, dada a grande defesa do brasileiro aos 32 minutos a remate à queima-roupa de Chapi já na pequena área. Até ao intervalo, o conjunto lisboeta conseguiu retirar alguma bola ao Gil Vicente, refreando o ímpeto deste até uma segunda parte na qual, como se esperava, os minhotos entraram dominadores.
Apesar de ter passado grande parte do primeiro quarto de hora sobre a área adversária, o Gil não foi eficaz e o Belenenses foi resistindo até que o emblema visitante conseguiu colocar uma transição absolutamente eficaz – Fujimoto conduziu em velocidade e libertou Baturina no momento mais indicado para o desmarcar e o avançado não se fez rogado, igualando a partida e a eliminatória.
O encontro adotou uma postura mais semelhante, com os dois conjuntos a procurarem privilegiar a velocidade para se ferir mutuamente, até que aos 80’ o Gil Vicente dispôs de uma oportunidade flagrante para alcançar a reviravolta. Gabriel, em ação ofensiva, cabeceou contra o braço de Duarte Valente e conquistou uma grande penalidade que Murilo, porém, desperdiçou, perdendo no frente a frente com Guilherme Oliveira, que adivinhou os seus intentos.
O Gil Vicente desaproveitou o penálti, mas haveria de marcar logo depois, reeditando a parceria nipónico-croata entre Fujimoto e Baturina, que se haviam entendido maravilhosamente na obtenção do primeiro golo e voltaram a fazê-lo aos 86’, desta feita invertendo os papéis: Baturina esteve muito bem a sair de posição e a arrastar consigo a marcação contrária, o que lhe permitiu isolar Fujimoto para que este pudesse atirar certeiro perante um impotente Guilherme Oliveira e carimbar a passagem à próxima eliminatória.