Floriana-V. Guimarães, 0-1: Vitória continua a escrever-se com Jota
Jota Silva marcou o golo que deu o trounfo ao Vitória de Guimarães num jogo muito duro frente ao Floriana. Foto Domenic Aquilina/IMAGO

Floriana-V. Guimarães, 0-1: Vitória continua a escrever-se com Jota

NACIONAL25.07.202420:28

Quem mais? Jota Silva marcou o golo que deu a vitória à formação vimaranense. Domínio total na segunda parte e um encontro decidido no banco

O Vitória começou por sofrer. Foi tremendamente difícil a missão do Vitória de Guimarães nos primeiros minutos, muito por culpa de ter jogado num relvado sintético de má qualidade, com altas temperaturas e frente a um adversário com uma defesa a cinco, quase sempre com 9 ou 10 homens atrás da linha da bola e que mesmo assim teve arte para surpreender Rui Borges nos primeiros minutos. Mas o suspeito do costume voltou a decidir um jogo duro e graças a Jota Silva o duelo de quinta-feira torna-se mais fácil de abordar.

Surpreendeu porque Rui Borges deve ter visto o Floriana na primeira pré-eliminatória e foi surpreendido por uma equipa que alterou o sistema e em vez do 4x3x3 de antes reforçou a defesa, que passou a ser a cinco, manteve os três homens no meio-campo e na frente da ataque jogou sem um homem de área e foi vivendo da agressividade de Reid e da velocidade e capacidade técnica de Thiago Santos.

Mudança que resultou, com o Floriana a criar três situações de perigo nos primeiros 15 minutos. Só a partir daí o Vitória conseguiu pegar no jogo, com Tomás Handel a passar a impedir as transições da formação de Malta e aos poucos Mangas pela esquerda e Jota Silva pela direita a conseguirem entrar na linha defensiva e a servirem uma e outra vez Nélson Oliveira.

A segunda metade do primeiro tempo já foi de domínio do Vitória de Guimarães, que igualou o encontro no número de oportunidades, mas com domínio absoluto do encontro: com mais bola, mas facilidade em provocar dano na superpovoada defesa do Floriana e a ter  no remate por cima de Mangas e no cabeceamento por cima de Jorge Fernandes dois momentos em que o golo esteve muito perto.

E no último lance da primeira parte até se gritou golo, mas foi assinalado fora de jogo a Nélson Oliveira que impediu que fosse legal o tento de João Mendes.

O jogo precisava de um abanão e ele foi dado por Jota Silva, que logo ao quarto minuto do segundo tempo rematou com muito perigo, com Mafoumbi. A construir este lance esteve Tomás Handel, que fez também um jogo de grande qualidade: um pivot defensivo de grande eficácia, mas futebolista com capacidade para ir de área a área e ser o fator desequilibrador no processo ofensivo.

Mais perigo logo a seguir, com mais um lance muito bem construído e Fernandinho a salvar o Floriana de sofrer o primeiro golo do jogo. Um Vitória bem diferente no período de todas as decisões.

Apesar do domínio, o Vitória precisava de agressividade e frescura e foi isso que Rui Borges deu à sua equipa com a entreda em campo de Samu, Caio César e Chuchu Ramirez e Caio César, que aos 75 minutos teve remate cruzado fortíssimo para grande defesa de Mafoumbi.

Adivinhava-se o golo e ele chegou mesmo. Quem mais poderia ser? Jota Silva foi lançado na esquerda (onde jogou metade do primeiro tempo e a totalidade do segundo) por Caio César e com classe tocou a bola para o fundo da baliza. Em Guimarães, vitória continua-a escrever-se com Jota.

Mas o lance demonstra como Rui Borges leu bem o jogo e soube ganhá-lo a partir do banco, com o lançamento no jogo dos três elementos pouco depois da hora de jogo. Foi Caio César a fazer a assistência, mas a subida de rendimento teve também muito de Samu e Chuchu Ramirez.

Só a perder o Floriana arriscou um pouco, mas nunca abdicou da linha de cinco defesas, sentindo que se o fizesse poderia sofrer o segundo e deixar a eliminatória praticamente fechada. Segundo que só não chegou porque Mafoumbi volta a fazer uma defesa estrondosa aos 88 minutos.

Para despedida remate surpreendente de João Mendes que quase dava golo sem querer. Bem merecia o Vitória regressar a Portugal com margem mais confortável, mas foi tão grande a superioridade evidenciada que não há motivos para não abordar a segunda mão com total confiança.

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