7 março 2024, 23:42
Crónica do Benfica-Rangers: e quando o coelho não sai da cartola...
Benfica sofreu golos inusitados em momentos-chave; João Neves e a equipa reagiram, mas não apareceu magia; eliminatória ao alcance
Terceiro empate contra o conjunto escocês; Connor Goldson marcou o segundo autogolo em duelos com as águias; Encarnados mais rematadores (25/9), mas, visto à lupa, houve também empate nas bolas que foram à baliza...
Tal como aconteceu contra o Sporting e FC Porto, o Benfica começou a partida com o Rangers a perder. Atenuou os danos com um empate que é padrão dos resultados entre encarnados e escoceses: nos anteriores duelos para a Liga Europa, em 2020/21, na fase de grupos, Benfica e Rangers não saíram do empate - 3-3 na Luz e 2-2 em Ibrox.
Caso para dizer que não há duas sem três, só que desta vez uma das equipas terá mesmo de saltar fora da UEFA e o 2-2 dá, apesar de tudo, um certo estímulo anímico aos protestantes para a 2.ª mão, a 14 de março.
Outro dado curioso: tanto no empate de ontem como no 3-3, a 5 de novembro de 2020, Connor Goldson marcou na própria baliza. Foi ele quem fez o 2-2 para o Benfica no livre cobrado por Di María. Um corte defeituoso que, na baliza certa seria um belo golo.
Esta não era bem a resposta que as mais de 48 mil almas (bem, vamos subtrair os muitos escoceses presentes na Luz desta equação) esperavam depois dos 5-0 aplicados pelo FC Porto ao Benfica. Apesar de tudo, as mudanças introduzidas por Schmidt não desagradaram aos adeptos e talvez por isso no final, não se tenha assistido ao coro de assobios e protestos que se verificou no Dragão. Ainda assim, há três meses que o Benfica não estava três jogos consecutivos sem vencer - aconteceu entre novembro e dezembro do ano passado com empates consecutivos contra Inter, Moreirense e Farense.
O Benfica não foi eficaz e por duas vezes teve de acelerar para o empate. Entrou mais forte, mas foi surpreendido pelo golo de Tom Lawrence, na primeira vez que o Rangers chegou à baliza de Trubin. O empate chegou perto do final da 1.ª parte, através de Di María, que converteu a terceira grande penalidade na Liga Europa (já o tinha feito ao Toulouse, por duas vezes, no 2-1 na Luz, frente aos franceses), mas o golo de Dujon Sterling, a passe de Fábio Silva, não deixou a equipa de Schmidt descer sossegada ao balneário, no intervalo.
7 março 2024, 23:42
Benfica sofreu golos inusitados em momentos-chave; João Neves e a equipa reagiram, mas não apareceu magia; eliminatória ao alcance
Os 25 remates do Benfica contra os nove do Rangers dão uma imagem de superioridade dos encarnados que, vendo bem, é relativa, porque o que interessa nesta estatística é quantos foram enquadrados à baliza. E, nesse aspeto, também houve empate: 5-5. Ou seja, mesmo sem ter mais fluxo atacante, o futebol vertical do Rangers provocou problemas a Trubin e à muralha que protegia o ucraniano. São alertas para o jogo da 2.ª mão, onde, normalmente, o Rangers encontra no seu público um aliado precioso para criar atmosfera hostil aos adversários.
7 março 2024, 23:51
Foi maestro e operário numa lição de bem jogar e liderança pelo silêncio, a pedir muito mais de toda a equipa; Aursnes nunca joga mal, mesmo correndo o risco de se tornar um genérico
Se é verdade que na Liga Europa o Benfica não perde em casa há 28 jogos - o último desaire foi a 18 dezembro 2008 quando os encarnados foram surpreendidos pelo Metalist (0-1), ainda a competição se chamava Taça UEFA -, as águias falharam a 10.ª vitória consecutiva em casa nesta temporada, num ciclo que começou com o AVS, na Taça da Liga, a 25 de novembro.