Avançado para ser alternativa a Pedro Gonçalves volta à agenda da administração leonina, depois de ter sido equacionado no mercado de verão. Plantel é para manter, vendas apenas pelas cláusula de rescisão
Um extremo para o lado esquerdo entra na equação de inverno do Sporting. Um jogador de pé direito para ser alternativa nas ausências de Pedro Gonçalves era intenção já no mercado de verão mas acabou adiado — chegou a Alvalade Maxi Araújo, pé preferencial esquerdo, mais visto na altura por Ruben Amorim como ala. Entretanto, Nuno Santos lesionou-se a 26 de outubro e ficou com seis a nove meses de recuperação pela frente. Pote também passa por lesão e as alternativas para o lado canhoto escasseiam, com adaptações tanto na ala como na frente... Por isso a possibilidade de resolver o problema em janeiro.
A administração do Sporting já definiu a estratégia para a janela de transferência de inverno. Os leões contam com todos os elementos do plantel até ao fim da temporada. Ou seja, nada de vendas (os valores das cláusulas estão definidas), nem mesmo de jogadores menos utilizados.
Compras estavam previstas apenas para oportunidades de negócio mas as circunstâncias evoluíram e o extremo-esquerdo de pé direito volta às contas dos verdes e brancos. Para o lugar, de raiz, há Pedro Gonçalves. Maxi Araújo pode lá jogar também mas é mais visto como ala e agora não há Nuno Santos... De resto, adaptações como Conrad Harder, Geny Catamo, Marcus Edwards a derivar da direita e mais recentemente Geovany Quenda.
Vai ser até ao fim. Muito mais para lá do dérbi, administração já decidiu que o treinador não está a prazo, apesar das exibições menos conseguidas e depois da crise de resultados. Acredita que técnico vai ficar legitimado junto dos adeptos
Nesta altura, com a janela do mercado ainda fechada, os leões têm jogadores identificados para a posição, como já tinham no verão, mas o alvo não está ainda definido. A escolha recairá depois de análise detalhada entre a administração e o treinador João Pereira que, apesar dos resultados e exibições menos conseguidas, é a aposta firme de Frederico Varandas, presidente sportinguista que acredita que o técnico de 40 anos vai conseguir dar a volta à situação, agarrar o grupo, devolver as boas exibições e os bons resultados e com isso ficar legitimado junto de uma massa associativa ainda muito desconfiada com o novo treinador.
A NOVA ESTRUTURA
Nesta janela de mercado será ainda Hugo Viana a estar no comando das operações e vai por isso assumir este dossiê do extremo para o lado esquerdo. O futuro diretor desportivo do Manchester City vai estar, até fevereiro, mais em Alvalade do que em Inglaterra, depois do mercado de inverno será mais em Inglaterra do que em Alvalade. O futuro diretor-geral do futebol leonino, Bernardo Morais Palmeiro, que está de volta ao Sporting para substituir Hugo Viana, vai assumir apenas no final da temporada, para o mercado de verão, nessa altura então já com papel principal.
PARA JÁ A APOSTA ESTÁ EM QUENDA
A janela do mercado de transferências de inverno abre apenas e janeiro e até lá Pedro Gonçalves vai continuar a recuperar da lesão que contraiu no jogo com o SC Braga (4-2 na jornada 11, no dia 10 de novembro) — problema muscular obriga a paragem até 2025. Por isso, o lugar à esquerda no trio ofensivo dos leões está ainda órfão de Pote. Depois de algumas experiências, o treinador João Pereira já definiu o novo dono do lugar, enquanto não há o camisola 8 e um reforço para a posição. A titularidade na posição, agora, é de Quenda, experimentado no lugar pela primeira vez no jogo com o Club Brugge, na Bélgica, 1-2 na Liga dos Campeões. Desde então a aposta tem sido nele, com Geny Catamo a voltar à ala direita, que estava ser do jovem leão de 17 anos.