Francisco Neto salienta evolução das Navegadoras após vitória histórica sobre a Noruega em Barcelos esta terça-feira
O que significou, afinal, o triunfo (3-2) desta tarde de Portugal sobre a Noruega, no Estádio Cidade de Barcelos, a contar para a segunda jornada do grupo A2 da Liga das Nações?
O selecionador Francisco Neto não hesitou na resposta. «É a prova, acima de tudo, que jogamos e competimos para ganhar. Não há equipa que ganhe ou perca sempre. Acho que estes resultados vão acontecer com mais frequência», disse no final da partida.
Equipa de Francisco Neto bateu a Noruega por 3-2 em Barcelos e saltou para o segundo lugar da classificação. Andreia Jacinto e Carole Costa (2) fizeram os golos, Patrícia Morais voltou a brilhar entre os postes.
«Começámos a perder, conseguimos dar a volta, depois veio o empate, num lance em que facilmente podíamos ter entrado em frustração, e conseguimos reagir. Esta equipa tem crescido na forma como encara os jogos. O que se passou em França e hoje é sinal de crescimento. Mas o maior crescimento é na forma como as outras equipas olham para Portugal. A França foi a primeira vez que jogou em 4x4x2, claramente para encaixar na nossa equipa, e a Noruega, que é uma equipa dominadora e com um historial incrível no contexto internacional, baixou as linhas e não nos pressionou tão alto, deixou-nos livre na nossa zona de construção. Isso é sinal de respeito», analisou o selecionador, que viu mais sinais de evolução.
«Antigamente, dificilmente conseguiríamos fazer dois bons jogos num curto espaço de tempo, é sinal da qualidade das nossas jogadoras e também do trabalho que fazem nos seus clubes», observou, reiterando os objetivos das Navegadoras na Liga das Nações.
Derrota na estreia confirma o que todos sabiam, que a França é melhor, mas equipa de Francisco Neto bateu-se com galhardia e dificultou muito a vida à congénere comandada por Hervé Renard
«O primeiro objetivo é não descer de divisão [na Liga das Nações], porque, não sendo decisivo, pode ter um peso muito grande no apuramento para o Campeonato da Europa. Depois, queremos chegar a dezembro, quando recebermos a França, a depender só de nós, sabendo que é um objetivo difícil e ambicioso», assentou.
«Estamos a criar referências em Portugal e elas [as jogadoras] têm consciência disso. É incrível ver o número de crianças hoje aqui, rapazes e raparigas que vêm ao estádio para as ver jogar e que se identificam com elas. Isso cria responsabilidade e há de haver algum erro no caminho porque todos erramos, é tudo novo para nós. Felizmente, estamos numa instituição que nos ajuda e apoia e nos dá todas as condições e nos permite errar de forma sustentável», concluiu Francisco Neto.