«Estava tudo certo para ir para o FC Porto e a China apareceu de madrugada»

FC Porto «Estava tudo certo para ir para o FC Porto e a China apareceu de madrugada»

NACIONAL28.02.202312:08

Roger Guedes, avançado do Corinthians, assumiu que teve tudo certo com o FC Porto, no verão de 2018, tendo sido uma proposta de última hora dos chineses do Shandong Luneng a desviá-lo da rota do Dragão.

«Vou emprestado para o Galo [Atlético Mineiro]. Era um dos melhores marcadores do campeonato. Se não me engano, em 12 jogos, fiz nove golos e sete ou cinco assistências. Estava muito bem e estava tudo certo para ir para o FC Porto. A China apareceu de madrugada. Viajaria dois ou três dias depois para Portugal. Era o sonho de jogar a Liga dos Campeões», comentou, em declarações ao podcast 'Podpah', revelando que chegou mesmo a conversar com Sérgio Conceição:

«Já tinha falado com o treinador na época, creio que era o [Sérgio] Conceição, que ainda hoje está lá. O Fábio [Santos] enchia-me o saco para ficar. O Elias, o Ricardo Oliveira, todos queriam que eu ficasse. Eu estava muito feliz no Atlético Mineiro. Só que tinha o sonho de ir para a Europa, jogar a Liga dos Campeões, já tinha falado com o treinador, ele dizia que ia ser titular, isto e aquilo. Queria muito ir. Tudo praticamente certo para ir. Às quatro da manhã, estava a dormir com a minha esposa e um dos meus empresários liga a dizer ‘esta é a proposta [da China]’. Perguntei se era por mês e ele disse que sim. Toda a gente que vai para a China, em primeiro lugar, é pelo lado financeiro. Sairia por muito menos, porque o país é muito bom. Tem tudo e não tem a pressão dos adeptos», prosseguiu.

O avançado foi para a China com 21 anos.

«Quando fui para a China tinha 21 anos e a minha cabeça não era tão boa no sentido em que talvez eu tivesse medo. ‘E se for para o FC Porto e não jogar? Vou querer voltar’. Eu pensei na minha esposa, tinha um filho e disse: ‘Vou [para a China] com contrato de quatro anos e voltar jovem’. E foi o que aconteceu. Era para ter ficado até ao ano passado. Em 2020 foi a pandemia, fui para a China e fiquei sete meses longe da família, não podiam entrar, estávamos em bolha e em 2021 foi novamente isso. Fiquei até meio do ano, não aceitei voltar, briguei com os chineses, mas sempre me trataram bem e à família», concluiu.