FC Porto E os €50M desejados... não chegaram
Terminou esta sexta-feira o prazo estabelecido por Fernando Gomes, administrador da SAD, para a SAD do FC Porto encaixar 50 milhões de euros e, como isso, conseguir manter as contas no verde e não correr o risco de ficar sob a alçada da UEFA por incumprimento do 'fair-play' financeiro. Há uma nova norma que diz que as contas podem ser feitas no ano civil e que o FC Porto poderá até dezembro fazer reajustes, mas o aviso lançado pelo administrador da SAD deixou todo o universo azul e branco em dúvida e preocupado.
A 5 de junho, Fernando Gomes assumiu, por ocasião da apresentação dos resultados do empréstimo obrigacionista 2023/2026, disse publicamente que os dragões terão de vender jogadores até ontem, de forma a equilibrarem as contas da sociedade desportiva.
«Isso é ineludível. Não adianta estar aqui a enganar a questão, é assim mesmo, tem de ser até 30 de junho, porque só os resultados que forem conseguidos até 30 de junho, até à meia-noite de 30 de junho [ontem], é que contam para o fecho das contas desta época. A acontecer alguma coisa para equilibrarmos as contas, e tem que acontecer, é até 30 de junho», referiu o administrador para a área financeira dos portistas.
Apesar do dinheiro proveniente da entrada direta na fase de grupos - qualquer coisa como 40 milhões de euros --, o dirigente reiterou que era necessário fazer pelo menos mais 50 milhões de euros para as finanças ficarem a salvo de qualquer sobressalto.
«A opinião pública que acompanha o fenómeno futebolístico em Portugal sabe que os grandes clubes, os que são competitivos a nível internacional, não têm alternativa que não seja fazer mais-valias, ou seja, vender os seus principais ativos ou alguns dos seus principais ativos para realizarem mais-valias e equilibrarem as contas. Não há forma de equilibrar resultados em nenhum dos três grandes, pelo menos até aqui, que não seja através das mais-valias das vendas dos seus ativos. Sempre foi assim no FC Porto, aliás, foi o primeiro a ter um modelo bem interessante em termos internacionais de realização de mais-valias, sabemos que é assim, e este ano não vai ser exceção à regra.
Não estamos ainda em condições de fecho de contas para poder dizer qual é o valor que vai ser necessário para fazer mais-valias, estamos neste momento a apurar quanto é que vamos precisar de realizar de mais-valias para equilibrar as nossas contas, agora vamos ter que as equilibrar, e essas mais-valias serão menores, uma vez que com o acesso à Liga dos Campeões e com uma pontuação interessante do FC Porto em termos internacionais, isso vai permitir-nos ultrapassar os 40 milhões de euros em termos de contribuição da UEFA para o equilíbrio das contas do FC Porto», reiterou, na altura, o responsável dos dragões.