O MISTER DE A BOLA: Do susto ao massacre
João Prates analisa o triunfo do FC Porto sobre o Boavista do dérbi tripeiro
1-Pergaminhos
FC Porto no seu habitual 4x2x3x1 com os regressos à titularidade de Galeno e Wendell, Boavista em 4x4x2 com bola e 4x5x1 sem bola para poder defender em largura e proteger especialmente as ações de Francisco Conceição. FC Porto com maior domínio do jogo, no qual se destacavam as ações de Francisco Conceição, Evanilson e Pepe. No lado do Boavista, mérito para Jorge Simão na forma como organizou a sua equipa defensivamente, com linhas juntas, a controlar a profundidade e a largura. Os jogadores souberam fazer as coberturas e o FC Porto via-se sem espaço para criar ocasiões claras de golo. Os últimos cinco minutos da primeira parte foram os mais emotivos. Nico González, aos 42 minutos, viu Malheiro intercetar um lance de golo, na resposta, Agra obrigou Diogo Costa a evidenciar qualidade e, no findar da partida, jogada de qualidade de Pepê que viu o seu remate acertar na trave.
2- Segunda parte
FC Porto a assumir o jogo na procura dos três pontos mas com o Boavista a tentar sempre responder, Sérgio Conceição passa a mensagem para dentro com a saída de Martim e a entrada de Taremi, passando a jogar em 4x4x2, baixando Pepê para lateral direito. Minutos após, nasce o primeiro golo e para o Boavista. Bruno Lourenço, após excelente execução técnica, mete a bola no fundo da baliza do FC Porto.
3- O vermelho
O Boavista mal saboreou o golo e Malheiro vê o segundo amarelo e o consequente vermelho. Conceição volta a enviar uma mensagem para dentro, tira o seu outro lateral, coloca Namaso, e fica com Galeno e Pepê nas alas. Jorge Simão, por sua vez, refresca a equipa porque Joel estava a ter muitas dificuldades para segurar Francisco Conceição. O Boavista baixou linha fruto do cansaço, de uma maior mobilidade do FC Porto e da inferioridade numérica começou a sentir dificuldades em anular as ações ofensivas do FC Porto. O massacre intensificou-se e o golo surge após um remate falhado de Otávio que leva a bola para a cabeça de Zé Pedro que restabelece a igualdade. Zé Pedro, que minutos depois tem um remate frontal que quase dava o seu segundo golo.
4-Taremi decide
Nesta fase o FC Porto massacrava e o Boavista defendia-se organizado, mas já sem conseguir tapar todos os espaços e com mais 9 minutos para jogar o FC Porto pressionou e valeu ao Boavista João Gonçalves com excelentes intervenções. E foi precisamente no último minutos que Taremi, no adeus ao Dragão, fez o golo da vitória após excelente jogada de Francisco Conceição, que perante uma desalinhada defensiva do Boavista deixou Taremi na cara do golo.
5-Destaques
Para Sérgio Conceição, que transmitiu sempre a mensagem na forma como mexeu na equipa que queria ganhar o jogo, Jorge Simão pela organização defensiva e pela forma como tentou também atacar. Francisco Conceição pela energia, pela criatividade que empurra o FC Porto para zonas de perigo. Taremi pelo golo na despedida e João Gonçalves no Boavista.