E se lhe dissermos que St. Juste nunca jogou tanto em pouco tempo?
Neerlandês utilizado em seis encontros nos últimos 15 dias. Caso especial de gestão do departamento médico. Deve ser aposta na estreia de João Pereira diante do Amarante. Termina contrato em 2026, mas, sabe A BOLA, tem a porta aberta a uma eventual saída em janeiro
Será desta? O clima de desconfiança entre os adeptos mantém-se desde o primeiro dia. Sempre que St. Juste apresenta um determinado nível de regularidade, sem problemas físicos, surge esta questão. Já com alguma naturalidade, até. A qualidade, mesmo que a espaços, está mais do que confirmada, mas sempre que o neerlandês parece descolar… eis que surge mais uma contrariedade com nova lesão.
A história repete-se desde a chegada do defesa-central contratado ao Mainz, em 2022/2023, por €10 milhões. Contas feitas foram mais de… 350 dias de paragem. Uma eternidade. Mas neste arranque de 2024/2025 abre-se mais uma janela de esperança. Depois de uma lesão muscular, ainda na pré-época, St. Juste regressou à competição no final do outubro e ainda não… parou. Mais: desde que chegou ao leão nunca o neerlandês somou tantos jogos de forma consecutiva (seis no total) em tão curto espaço de tempo (15 dias).
St. Juste, ainda que não tenha sido lançado a titular esta época, soma agora seis jogos consecutivos com a camisola dos leões (Sturm Graz, Famalicão, Nacional, Estrela da Amadora, Manchester City e SC Braga). Apenas 162 minutos, no total, entre 26 de outubro e 10 de novembro. Durante a estadia em Alvalade é verdade que teve séries maiores de utilização mas num espaço temporal mais alargado.
Depois de um período de recuperação física e mental fora de portas — St. Juste teve autorização do clube para prosseguir a recuperação nos Países Baixos no arranque da temporada —, o central recorreu a um outro tipo de tratamento, na clínica 'Veel Beter, especializada em «terapia de alto nível», que alternou entre a «fisioterapia e o treino físico» permitindo uma recuperação sem perturbações na zona afetada. Certo é que, após este período de reabilitação, St. Juste regressou na máxima força, sem queixas. A utilização, essa, terá de ser feita de forma sustentada, sem precipitações, razão pela qual não somou 90 minutos num jogo.
Um dos seis que já trabalha com João Pereira
Ruben Amorim era um confesso admirador de St. Juste e muitas foram as mensagens de confiança que o agora técnico do Man. United lhe foi passando em Alvalade. Um panorama que não se altera com João Pereira. St. Juste, de resto, irá aproveitar estes dias para apronfundar as ideias do novo treinador ou não fosse o neerlandês um dos seis jogadores da equipa A (além de Esgaio, Matheus Reis, Inácio, Fresneda e Marcus Edwards) que estão a trabalhar em Alcochete.
E com a ausência dos internacionais, St. Juste até aparece na linha da frente para ser opção na estreia do novo treinador, no dia 22, em Alvalade, com o Amarante.
Contrato termina em 2026 e...
Jeremiah St. Juste é um dos três jogadores do atual plantel dos leões que está mais perto de terminar contrato. Um vínculo que se fecha em 2026, assim como o de Ricardo Esgaio e o de Marcus Edwards. Três processos que a SAD tem em mãos durante as próximas semanas. Porque os leões, sobretudo com o neerlandês e o inglês, não pretendem que ambos possam entrar na próxima época no seu último ano de contrato. Nesse sentido, até pelo valor de mercado e investimento avultado nas suas contratações — esta dupla custou quase €18 milhões aos cofres leoninos — os leões não rejeitam uma saída caso apareça alguma proposta que dê retorno financeiro ao investimento feito nos jogadores.
St. Juste, apesar dos problemas físicos e da falta de regularidade, ainda tem um valor de mercado, segundo o Transfermarkt, de €8 milhões, e ainda no início da presente temporada esteve na mira do PSV, que acenou com uma proposta de empréstimo que acabaria por ser rejeitada pelo clube leonino. Também Edwards tem mercado e uma saída também poderá ser equacionada.