Do «resultado que não envergonha» até às «diferenças» entre escalões: tudo o que disse o treinador do Pevidém
João Pedro Coelho, treinador do Pevidém. Imagem: ANDRE ALVES/GRAFISLAB

Pevidém-Benfica, 0-2 Do «resultado que não envergonha» até às «diferenças» entre escalões: tudo o que disse o treinador do Pevidém

NACIONAL19.10.202423:27

João Pedro Coelho mostrou-se orgulhoso após o duelo contra o Benfica, destacando o esforço da equipa, que sai mais forte e preparada, apesar das dificuldades encontradas. O técnico reforça a missão de subir à Liga 3 e valorizar os jogadores

Na antevisão, disse que, independentemente do resultado, iria sair daqui orgulhoso. Acha que é o início da campanha rumo à Liga 3?

- Obviamente, é um resultado que não nos envergonha. Vínhamos com a perspetiva de discutir a eliminatória. Dissemos que, independentemente do resultado, o objetivo seria sair deste jogo mais fortes e mais preparados. Mesmo com as dificuldades, que foi sofrer muito, foi um jogo muito complicado, com um Benfica fortíssimo, boas dinâmicas ofensivas e um pressing muito forte. No corredor central estivemos mais confortáveis, foi onde conseguimos ter mais posse de bola. Não fomos tão pressionantes como gostaríamos, mas, mesmo assim, sinto um orgulho enorme pelos meus jogadores e pela capacidade que tiveram de enfrentar uma equipa desta dimensão. A equipa sai daqui orgulhosa, a defender o seu povo perante um clube de grande dimensão.

Com que sensação sai daqui e como está o balneário emocionalmente?

- A sensação é a de dever cumprido. A nossa missão era apresentar o máximo rendimento, individual e coletivo. Depois, o jogo iria ditar até onde podíamos ir. Queríamos mostrar a nossa melhor versão. Os jogadores têm essa sensação, ninguém gosta de perder, mas é diferente perder contra uma equipa como o Benfica. O sentimento é geral.

Sente que jogadores como o Simão Melhôr e Araki saem deste jogo mais valorizados?

- Quando iniciámos este projeto e quando o concebemos, fomos muito claros: o objetivo passa pela subida à Liga 3. Assumimos esse objetivo, mas também a valorização dos jogadores, e isso só acontece se criarmos uma ideia de jogo que os faça crescer com os desafios que surgem. Este foi o jogo ideal. Não foram só o Simão e o Araki, outros jogadores saíram daqui valorizados e, se calhar, serão mais acompanhados no futuro.

Também disse na antevisão que seria um duelo entre Campeonato de Portugal e Liga. Que principais aprendizagens tira do jogo e onde se notam as grandes diferenças entre os escalões?

- As diferenças são enormes a todos os níveis. Se olharmos para o Pevidém e para o Benfica, as discrepâncias são abismais em todos os aspetos. No entanto, saímos daqui com a sensação de que, com as nossas armas e humildade, conseguimos contrariar, em certos momentos, a dinâmica forte do Benfica, sobretudo desde a entrada de Bruno Lage. Isto colocou-nos à prova e saímos mais preparados como equipa. Agora, temos de nos focar no Campeonato de Portugal, que é o que mais nos interessa.