Destaques do Sporting: capitão Bragança, estrela da companhia

Destaques do Sporting: capitão Bragança, estrela da companhia

NACIONAL03.03.202421:08

Médio usou a braçadeira e mereceu-a, com golo bonito e jogo de grande qualidade; Gyokeres, naturalmente, marcou e sobressaiu, Pedro Gonçalves no melhor e no pior

O melhor em campo: Daniel Bragança (8)

Que pontapé do capitão de equipa do Sporting para o 1-0! Dominou bola que não era fácil, pois o alívio de Pastor levava força, e disparou impecavelmente para a baliza, fazendo a bola beijar a trave antes de entrar, minuto 11 . Pertence-lhe também o passe desequilibrador do 3-2, bola longa, cruzada, direitinha para Edwards, no lado direito. E ainda serviu Paulinho para o 4-2, mas o companheiro desperdiçou. Não satisfeito, o médio leonino foi à luta e recuperou novamente a bola. Esteve em vias de bisar na partida — e bem o merecia! —, mas o passe de Gyokeres não chegou ao destino. Foi patrão do meio campo e esteve à altura da braçadeira de capitão da equipa leonina.

Israel (6) — Começou por encaixar calmamente um remate de Belloumi ao minuto 28, mas aos 30’ teve de trabalhar a sério, estirando-se no relvado para intercetar cruzamento tenso de Talys. Logo a seguir voou, mas não agarrou a bola de Belloumi, não havia como. Suor e sangue na primeira parte, que terminou mal, em virtude de toques sem intenção de Zé Luís e Matheus Reis. O companheiro atingiu-o na face, o que motivou longa assistência médica e muita preocupação. Foi pelo seu próprio pé para o balneário e rapidamente mostrou que estava ao melhor nível, voando junto ao relvado para deter disparo de Elves Baldé. E, apesar de mais um golo sofrido, não mais foi incomodado a sério.

St. Juste (7) — O lance do 1-0 começou no seu pé direito, com abertura larga para a direita, mas aos 24’ fez ainda melhor, bola no poste da baliza do Farense, cabeceamento de qualidade no coração da área algarvia. Aos 26’, uma vez mais de cabeça e com perigo, mas a errar o alvo por um bocadinho, quando até tinha margem para fazer melhor. No lance do 2-2, aparece junto a Zé Luís, mas já lá foi em SOS, na dobra a Pedro Gonçalves. Muita qualidade, muita elegância do central do Sporting.

Diomande (5) — Teve de lidar com toda aquela artilharia pesada do Farense e não pode dizer-se que tenha saído com a folha limpa, ainda que tenha tido os seus momentos de segurança.

Matheus Reis (5) — Saiu aos 55’, já com algum desgaste, depois de muito ter corrido. Belloumi caiu no seu lado e não foi propriamente fácil.

Esgaio (6) — Primeira parte em média rotação, apalpando terreno, segundo tempo ao seu estilo, com muito correr e muito atacar, ainda que não pudesse descurar o trabalho defensivo, pois havia que fazer. Belo cruzamento para Pedro Gonçalves fazer o 3-2, algo que tentou repetir mas em direção a Trincão, não teve o mesmo sucesso, o companheiro atirou à figura.

Hjulmand (5) — Pode ter pesado o desgaste do jogo com o Benfica. Não dominou o meio campo como gosta e também não teve o controlo da bola do costume. Fez os mínimos e saiu cedo.

Nuno Santos (6) — Esteve perto de marcar aos 34’, mas anda com vontade de festejar novamente uma letra e complicou. Se tem disparado de pé direito talvez tivesse mais sorte. Voltou a ameaçar sem sucesso a baliza e esteve sempre em jogo, dinamizando o flanco, tentando a fuga.

Edwards (6) — Trabalhou bem na direita no lance do 1-0, mas sem a ajuda de Pastor nada teria sido possível — aquele alívio deficiente do defesa... Aos 17’, mais um bom trabalho do inglês, bem resolvido por Gonçalo Silva. Mais tarde, passe simples a permitir a Esgaio fugir e cruzar para o 3-2. Sairia de rastos.

Gyokeres (7) — Estranhamente discreto até aparecer ao minuto 29, desviando impecavelmente bola de Pedro Gonçalves para o 2-0, fugindo a Muscat e evitando Ricardo Velho. Deu sempre a sensação de poder bisar, não aconteceu, mas aquele lance ao minuto 87 foi tão espetacular como um golo. Fugiu inesperadamente junto à linha, em força e em jeito, pleno de categoria, e só não antecipou o corte incrível que impediu a bola de chegar a Daniel Bragança.

Pedro Gonçalves (6) — Belo cruzamento para Gyokeres fazer o 2-0, depois, ao minuto 36, esteve perto de marcar, embora não se percebesse se o objetivo era cruzar ou rematar, aos 53’ fez mesmo o golo da vitória, desvio fácil já perto da baliza farense. E saiu. Penalizado, porém, em dois momentos de cariz defensivo: perda de bola à saída do seu meio campo de onde nasceria o 2-1 e marcação falhada a Zé Luís no 2-2.

Trincão (5) — Entrou aos 54’ e não esperou muito para tentar a sorte, mas atirou ao lado. Aos 67’, combinou com Gyokeres, mas entusiasmou-se, fugindo para a direita em vez de isolar Edwards na esquerda. E ainda atirou uma vez à figura.

Morita (6) — Entrou aos 54’ para colocar ordem na casa. E colocou.

Eduardo Quaresma (5) — Entrou aos 55’, cumpriu a missão.

Coates (5) — Entrou aos 69’ e ainda teve de transpirar.

Paulinho (4) — Entrou aos 78’ e segundos depois poderia ter marcado. Deveria ter marcado ou passado. Tinha baliza ou linha de passe, mas foi individualista e acertou sem arte em Gonçalo Silva.